Com faixas e cartazes, familiares e amigos do menino que morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) foram ao local para pedir justiça. O protesto aconteceu no final da tarde do último sábado (4). Segundo eles, a unidade não solicitou exames da criança durante o atendimento.

A criança, segundo informações da família, foi levada para a unidade dois dias seguidos. No domingo (19), Samuel foi levado pela família por volta das 10h e, segundo a direção da UPA, às 10h10 passou pela classificação de risco.

O menino apresentava dores leves, náusea, febre e dor de cabeça. Logo depois passou pelo atendimento médico e foi liberado. No dia seguinte, a criança deu entrada novamente às 8h30 com crise convulsiva. Passou pela classificação de risco e foi imediatamente medicada.

A direção da UPA informou que, apesar dos esforços da equipe médica, os profissionais não conseguiram estabilizar a criança, que chegou a sofrer paradas cardiorrespiratórias. Às 11h, a Central de Regulação liberou uma vaga na UTI do Hospital Universitário, porém a criança não tinha condições de ser transferida.

A morte do menino foi a segunda envolvendo a UPA de Dourados. Dias antes um adolescente também deu entrada, foi liberado e em seguida retornou com diagnóstico de dengue hemorrágica.

Após críticas de vereadores, no caso da morte do menino de 6 anos, a prefeitura chegou a instaurar procedimento administrativo para investigar o caso, contudo ainda não saiu resultado. A unidade é administrada pela Fundação de Saúde, que presta serviços à Prefeitura de Dourados.

“A tristeza da família, amigos e a comoção de todos pela morte de uma criança é incalculável, e é muito importante esclarecer o que ocorreu na UPA. Tudo será apurado”, disse o prefeito Alan Guedes em nota, que determinou a abertura de uma sindicância para investigar os procedimentos.