Falta de remédio tarja preta pode obrigar pacientes a interromper tratamento na Capital

Desabastecimento do remédio diazepam, usado como anticonvulsivo e no tratamento de ansiedade, tem preocupado usuários da rede municipal de saúde de Campo Grande. Com o medicamento em falta, pacientes em situação de vulnerabilidade social relatam medo de ter de interromper o tratamento. 

“Estou precisando muito do remédio controlado, já fui em todos os postos de saúde e não tem. Não tenho dinheiro para comprar e eu só vivo à base de remédio, não consigo dormir sem”, comenta morador do Jardim São Conrado, que faz tratamento para esquizofrenia. 

Em laudo médico enviado por ele, médico lista que o paciente tem alucinações sonoras e visuais e já ficou internado na Clínica Nossa Lar. O especialista receita 120 comprimidos a cada dois meses de tratamento. “Não me deram previsão para chegar e eu não posso ficar sem de jeito nenhum”, finaliza. 

No entanto, após o pedido, a empresa ainda terá até 30 dias úteis para fazer a entrega. “Tendo conhecimento da falta geral, a Sesau solicitou celeridade na publicação da ata para que esta questão seja sanada o mais rapidamente possível”, finalizou o Município.