Estudantes, professores, entidades ligadas a educação e movimentos sociais se reuniram, na tarde desta quarta-feira (19), em uma passeata. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suspendeu a reforma do novo Ensino Médio no País.

De acordo com cronograma do protesto, o grupo saiu da Praça do Rádio seguiu em direção à Escola Joaquim Murtinho. O ato foi convocado pelo Comitê MS pela Revogação do Novo Ensino Médio, que inclui entidades sindicais, movimentos de defesa da educação e representantes estudantis.

Há cerca de um mês, os envolvidos também fizeram uma manifestação contra o novo formato do Ensino Médio. Os manifestantes saíram da Praça do Rádio e foram em direção à Ary Coelho.

Conforme mostrou o Estadão/Broadcast , o ministro da Educação, Camilo Santana, confirmou a a suspensão do cronograma do novo Ensino Médio, iniciado nas escolas no ano passado.

A medida paralisa mudanças que também estavam previstas para serem implementadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024.

A decisão foi vista como um aceno claro para parte da esquerda que pede a revogação total do modelo. O ministro se reuniu por mais de duas horas com o presidente para falar sobre a confusão em torno do Ensino Médio.

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Estudantes protestaram em Campo Grande (Foto: Redes Sociais)

O que nós determinamos, afirmou Lula, é que “não vamos revogar”. “Vamos discutir com todas as entidades interessadas como aperfeiçoar o Ensino Médio no País”, acrescentou.

“Não foi revogado o cronograma, foi suspenso para que a gente discuta com a sociedade ligada à área da educação o que a gente quer para o novo Ensino Médio”, garantiu.

Novo Ensino Médio

O novo modelo de aprendizagem visa priorizar conteúdos voltados às áreas de conhecimento escolhida pelos alunos. Ou seja, não haverá mais disciplinas individuais, mas sim pelas seguintes áreas:

  • Linguagens e suas tecnologias;
  • Matemática e suas tecnologias;
  • Ciências da natureza e suas tecnologias;
  • Ciências humanas e sociais aplicadas.

Ainda, conforme as mudanças, a carga horária aumenta, passando de 2,4 mil horas para 3 mil horas aula, dividida com linguagens e matemática, que continuam obrigatórias, e os demais conteúdos escolhidos pelos estudantes dentro das áreas mencionadas.