Em seis meses de 2023, casos de dengue em MS superaram soma das notificações dos últimos 2 anos 

Só neste ano, 31 pessoas morreram em decorrência de complicações da doença

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
dengue
Larvas do mosquito da Dengue (Reprodução)

De janeiro a junho de 2023 Mato Grosso do Sul registrou 48.576 casos prováveis de dengue. O número que não para de crescer já é maior que o registro dos últimos dois anos. Em 2022 foram 26.530 e no ano anterior, 10.038. 

Com setor de saúde em alerta pelo crescente aumento da doença no Estado, dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) revelam que o cenário é preocupante. Só neste ano, 31 pessoas morreram em decorrência de complicações da dengue e outros sete óbitos estão sob investigação. Até agora, 34.639 testes deram positivo para a doença. 

No radar nacional, Mato Grosso do Sul aparece com desempenho crítico no comparativo com outros estados. Dos 79 municípios, apenas Aparecida do Taboado tem desempenho satisfatório e está na faixa verde da incidência, que calcula a média de casos positivos levando em consideração a população dos municípios.

Corguinho, Ribas do Rio Pardo, Terenos, Paranaíba e Tacuru aparecem na faixa amarela e o restante, todos na linha vermelha, com alta incidência de dengue. 

Entre as 31 mortes registradas, vítimas com idades entre 3 e 92 anos. Conforme relatório da SES, o número também supera o total de óbitos de 2022 (24) e de 2021 (14). 

Dos casos confirmados, Campo Grande lidera com mais testes positivos, com mais de 10 mil casos. Na sequência aparecem Três Lagoas, com 4.448, Dourados com 1.377 e Ponta Porã, com 1.203 confirmações. 

Na luta contra o avanço da doença, autoridades em saúde insistem para que moradores mantenham cuidados no combate ao mosquito  Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Orientações

Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores.

Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.

Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, mas sim na terra ou no cimento quente.

Um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção, tudo isso pode ser foco do mosquito.

Furar o fundo das latas e, se possível, amassar, tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado, enviar sacos plásticos para reciclagem, amassar copos descartáveis e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água.

Sintomas da doença

Dengue é uma doença causada por vírus e transmitida, principalmente, pela picada de um mosquito da família Aedes, em especial o Aedes aegypti. As causas da dengue podem estar relacionadas à água parada, com desenvolvimento do mosquito. Por isso, ocorrem as ações de conscientização da Saúde e fiscalização nas residências.

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), existem sintomas clássicos da dengue, como dores nas articulações e olhos, fraqueza, dores de cabeça e febre, contudo o diagnóstico deve ser feito durante atendimento médico.

Conteúdos relacionados