Uma vez que Campo Grande deu início aos trabalhos de esgotamento sanitário com a meta de implantar mais de 150 quilômetros de rede de esgoto em 10 bairros da cidade em 2023, a Capital de Mato Grosso do Sul pode atingir a universalização do saneamento até 2029, quatro anos antes da meta elencada pelo Marco de Saneamento.

Informação foi confirmada durante visita do Instituto EAGEA – que desenvolve soluções de investimento social – a Águas Guariroba e MS Pantanal. Encontro na última quarta-feira (2) teve objetivo de debater políticas de governança ambiental, social e corporativa, bem como fortalecer as ações no Estado. Assim, foi elencada a necessidade de alcançar as metas do Marco do Saneamento, que prevê a universalização do saneamento – proporcionar saneamento básico a todos os moradores – no Brasil até o ano de 2033.

Nesse quesito, Mato Grosso do Sul e Campo Grande foram destacados porque podem atingir o objetivo antes da data.

“O Brasil ainda tem uma situação muito difícil em termos de saneamento básico. Mesmo nos últimos avanços nos temos cerca de 35 milhões de pessoas que ainda não tem água potável e cerca de 100 milhões sem coleta e tratamento de esgoto. Felizmente alguns lugares estão avançando muito neste quesito. Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais tem avançado em termos de saneamento levando em conta o novo marco do saneamento que estabelece a universalização até 2033. Nesse ritmo, Mato Grosso do Sul pode universalizar em 2030, o que seria um sucesso absoluto. E dentro do estado temos a felicidade de ter Campo Grande, que é uma capital quase universalizada em termos de saneamento”, explica Édison Carlos, presidente do Instituto AEGEA.

Saneamento em Campo Grande

A capital do Estado adotou o programa Campo Grande Saneada a partir de janeiro de 2023 com o objetivo de implantar mais de 150 quilômetros de rede de esgoto em 10 bairros da cidade. Assim, as obras caminham junto com o Marco do Saneamento e cria a expectativa de alcançar a universalização dos serviços de esgotamento sanitário até 2029, quatro anos antes da meta.

“Contamos hoje com 85% de cobertura de esgoto em Campo Grande e agora conseguimos fechar um acordo com o município e agência de regulação colocando como meta de se chegar a universalização até 2029”, destaca Themis de Oliveira, diretor-presidente da Águas Guariroba.

Dessa forma, a conclusão do programa acarretaria em 10 bairros da cidade com esgoto e 30 mil pessoas beneficiadas nas regiões. Segundo a empresa, foram implantados 117 quilômetros de rede no primeiro semestre de 2023, o que representa mais de 11 mil ligações de esgoto na áreas beneficiadas.

Enquanto isso, o programa Escolas Saneadas, lançado no ano passado, tem como objetivo priorizar a universalização do serviço de esgotamento sanitário em 116 escolas públicas de Campo Grande com a construção de aproximadamente 27 mil metros de rede de esgoto.

A AEGEA ainda alega que tem parceria com a Sanesul no interior para fazer MS ser o primeiro Estado brasileiro a universalizar o acesso ao esgoto coletado e tratado. Nesse quesito, o trabalho está sendo desenvolvido por meio da Ambiental MS Pantanal, empresa criada pela companhia com atuação em 68 cidades sul-mato-grossenses.

Vale ressaltar que o encontro da última quarta-feira contou com a presença do diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, do diretor-executivo da Águas Guariroba, Gabriel Buim, além dos diretores da Sanesul, Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul) e Agereg (Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos) de Campo Grande.