Ocorre, nesta segunda-feira (30), a inauguração do Museu do Judiciário de Mato Grosso do Sul. Na mesma cerimônia ocorre o lançamento do livro “Leão de Toga”, de autoria de Wagner Leão do Carmo, filho do Des. Leão Neto do Carmo, primeiro membro da Corte sul-mato-grossense.

Os trabalhos para abertura do Museu do Judiciário começaram em 2021 com o resgate das diversas peças com valor histórico, que hoje compõem o acervo.

Em seu discurso, o presidente Des. Carlos Eduardo Contar, ressaltou que o museu será um acervo a ser resgatado, preservado e resgatado.

“Foi com essa pretensão que iniciamos há dois anos o resgate da memória do Judiciário. São as pessoas que fazem e fizeram o Poder Judiciário de MS, ouvindo magistrados e servidores, gravando audiovisuais, já que ao longo dos 44 anos de existência do Estado de MS, infelizmente quase nada foi preservado”, disse.

“Perdemos muito, deixamos passar, enfim, não temos muito a buscar se não houver a contribuição da sociedade como um todo para o resgate dessa história”, concluiu.

De acordo com o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), parte do acervo foi obtido junto às comarcas do interior, ou parcela, com servidores e magistrados que atuaram ou ainda atuam no poder judiciário.

Além disso, também há aquelas peças que já estavam sob os cuidados do Departamento de Pesquisa e Documentação do TJMS.

No museu, os visitantes poderão contemplar maquinários antigos que foram restaurados e estão em perfeito estado de funcionamento, além de visualizar vestes antigas, louças, condecorações, publicações de magistrados e servidores, e processos históricos, como um autorreferente à escravidão e o segundo habeas corpus julgado pela Corte do MS.

Ficará ainda no Museu o Sala da Memória, um programa audiovisual idealizado pelo Des. Carlos Eduardo Contar e realizado em parceria entre as Secretarias da Magistratura, Judiciária e de Comunicação do Tribunal de Justiça de MS.

No elenco, são ex-juízes, juízes e desembargadores aposentados e desembargadores mais antigos em atividade: sempre visando resgatar e preservar a história da instituição.

Em formato de entrevista, a ideia é propor intimidade desde o cenário, pois o local de gravação geralmente é a sala de estar do convidado, onde ele recebe visitas, socializa, está à vontade, e onde também se nota bastante pessoalidade na decoração.

O público geral poderá visitar o museu de segunda a sexta-feira, durante o horário de expediente do TJMS, das 12 às 18 horas.