A crise financeira da rede de lojas Marisa gerou rumores e inseguranças após o anúncio de fechamento de 91 lojas divulgado no início deste mês. Em Campo Grande, a rede possui três lojas, no shopping Norte Sul, shopping Campo Grande e Centro, apesar da situação incerta, funcionários já comentam sobre possíveis fechamentos de lojas na Capital.
Nos bastidores, funcionários da Loja Marisa localizada na Rua Dom Aquino, admitem conhecimento sobre a crise financeira, mas acreditam que não irá afetar a filial devido ao alto fluxo de clientes.
“Que vai fechar loja nós sabemos, mas essa aqui do centro é difícil fechar, têm duas lojas no shopping e uma na rua, é muito mais fácil fecharem as do shopping. Só parar para pensar, a preferência é fechar uma loja no centro onde passa muita gente ou uma loja de shopping que têm pouco movimento? Mas até onde sei, não tem nada definido ainda”, disse uma vendedora que preferiu não se identificar.
Conforme a empresa, cada unidade da rede varejista emprega, em média, 20 profissionais.
Ação de despejo
Os rumores sobre o fechamento da filial da Marisa no Shopping Campo Grande surgiram após o centro comercial entrar com uma ação de despejo contra a empresa por uma dívida de R$ 213 mil. Na ação, o Shopping Campo Grande alega que a loja de departamento está em débito de janeiro a abril de 2023.
Como noticiado anteriormente pelo Jornal Midiamax, o contrato locatício prevê remuneração mensal e o pagamento de um Aluguel Percentual ou Aluguel Mínimo Mensal, além de encargos de locação. No entanto, o Shopping alega que a Loja Marisa tem infringido o contrato porque se encontra inadimplente.
“A ré [Loja Marisa] vem inadimplindo com alugueres mensais, despesas comuns, FPP e demais encargos locatícios específicos, como energia elétrica, ar-condicionado, etc., o que certamente, enseja o desfazimento do contrato”, alega.
Conforme o processo, o valor total da causa pode chegar a R$ 869.917,20.
Dívida
No início de maio, o CEO da rede de lojas Marisa, João Pinheiro Nogueira Batista, anunciou o fechamento de 91 unidades da empresa, em um processo que deve custar cerca de R$ 62 milhões.
Em entrevista ao Broadcast, o presidente da varejista destacou que entre os fatores que levaram à crise está a concorrência de marketplaces estrangeiros, como Shein.
O Jornal Midiamax entrou em contato com o Sindivarejo (Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande) mas a entidade relatou não ter informações sobre o possível fechamento de lojas em Campo Grande.
