Uma sessão de radioterapia pode ser assustadora para qualquer pessoa, principalmente para crianças, mas para amenizar a aflição e deixar o paciente mais seguro, um garoto de 4 anos recebeu uma máscara personalizada do Homem-Aranha para passar pelo tratamento contra câncer no Humap-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

O hospital explicou que, originalmente, a máscara é um acessório branco, necessário para posicionar e imobilizar a cabeça do paciente para que a dose de radiação seja entregue no local correto de tratamento. A criança passará por 28 sessões de radioterapia e é essencial que em todas as aplicações, ele esteja deitado na mesma posição, com a mesma angulação de cabeça, queixo, para que a área atingida seja apenas a que necessita de radiação, protegendo assim, as demais.

Antes do processo, a mãe e o menino passaram pela tradicional explicação sobre o atendimento, com a equipe mostrando tudo que seria feito e usado. Para tranquilizá-lo, os servidores disseram que o paciente poderia pintar a máscara, quando ele sugeriu sobre o herói preferido.

Por aceitar bem a máscara, o menino não precisou ser sedado. A peça foi pintada por uma mãe que realiza o trabalho de forma voluntária como agradecimento pela cura de seu filho que foi submetido a tratamento no Hospital do Câncer de Campo Grande.

“Quando a máscara chegou, o paciente ficou encantado e queria usar a máscara no serviço de radioterapia o tempo todo. Isso facilitou demais na hora de colocá-lo do equipamento a primeira vez. Falamos que ele iria adquirir super poderes e que a máquina é uma nave espacial e que ele seria de fato o Homem-aranha. Ele chegou a dormir durante a aplicação. No segundo dia ele chegou disposto, sem medo algum. A peça personalizada foi fundamental para que o paciente se sentisse mais seguro, mais relaxado e sabendo que não sentiria nenhuma dor”, explica Mayara Rodrigues Mota, Chefe da Unidade de Hematologia, Hemoterapia e Oncologia do Humap.

O primeiro dia de tratamento é o mais demorado, leva em torno de 25 minutos, as aplicações seguintes são mais curtas, com média de 12 minutos. A sala também possui um sistema de som, em que os profissionais conversaram com o paciente, explicando para o “Homem-Aranha” que faltava mais um pouco, que já estava acabando, trazendo serenidade à criança.

“Numa grande demonstração de coragem, nosso mini Homem-aranha está enfrentando um difícil vilão, mas que em breve será derrotado graças ao olhar carinhoso, competente e humanizado dos profissionais do Humap”, descreve o hospital.