A Campanha da Fraternidade deste ano leva o tema “Fraternidade e Fome” e a Arquidiocese de Campo Grande planeja uma arrecadação de alimentos como ato concreto para combater a fome. A doação será destinada para entidades sociais assistidas pela arquidiocese.
As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa, na manhã desta Quarta-Feira de Cinzas (22), no Auditório da Cúria, em Campo Grande, e contou com a participação do arcebispo metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa.
“Gosto de dizer que a gente queria acabar com a fome do mundo a modo gênio da lâmpada: estalar os dedos e ter comida, entretanto acho que esse é o espírito da campanha, a partilha”, afirmou Dom Dimas.
O lançamento oficial da Campanha da Fraternidade acontece no próximo domingo (26), às 9h, no Poliesportivo Dom Bosco. Na data será possível fazer a entrega de alimentos não perecíveis, mas as paróquias de toda Capital devem receber mantimentos até a Páscoa, que neste ano é em 9 de abril.
Dom Dimas Lara Barbosa afirmou que o objetivo da campanha é extrapolar os muros da igreja, porque os problemas sociais, como fome e habitação, dizem respeito a todos os cidadãos. Com pouco de cada um, acredita que esses problemas podem ser superados.
“A ideia da campanha é juntar fé e vida. No Brasil surgiu essa iniciativa de abordar um tema e neste ano é a superação da fome”, pontuou.
Fome como tema
Na coletiva de imprensa, foi exposto que a “fome” é tema da Campanha da Fraternidade pela terceira vez nos 61 anos desde a criação. A primeira foi em 1975, seguida por 1985 e agora em 2023.
De acordo com o coordenador de pastoral, padre Vander Casemiro, a meta da campanha é mobilizar a sociedade sobre o tema deste ano. “O objetivo é sensibilizar a sociedade e a igreja para enfrentar o flagelo da fome sofrida por uma multidão de irmãos e irmãs por meio de compromissos que transformem essa realidade”, afirmou.
De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, 58,7% da população brasileira convive com a insegurança alimentar, ou seja, não sabe se terão o que comer no dia seguinte.
Além disso, 33,1 milhões de pessoas passaram fome em 2022, 14 milhões a mais do que o verificado em 2021.
