A primeira fase do 38º exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) foi realizada neste domingo (09), em Campo Grande.
A avaliação objetiva será aplicada a partir das 12h na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e o trânsito na região apresentou lentidão antes da abertura dos portões, prevista para às 10h30. Os candidatos podem entrar até às 11h30.
Quem irá fazer a prova também teve que enfrentar a chuva que caiu na região e correr para se abrigar da água. O trânsito na Avenida Tamandaré ficou complicado devido à obras em frente da universidade.
Até um acidente leve foi registrado próximo a UCDB entre uma caminhonete e um Fiat Uno que colidiram no semáforo. Ninguém ficou ferido e os motoristas foram embora.
Uma escola de cursinho preparatório estava no local distribuindo água, canetas e bananas aos candidatos.
A prova conta com 80 questões e para ser aprovado para a segunda fase (prático-profissional), prevista para 10 de setembro, é necessário acertar pelo menos metade das alternativas.
Candidatos vieram de outras cidades
Duas amigas de Terenos, a 31 km de Campo Grande, conseguiram chegar antes da abertura dos portões mesmo depois da van em que estavam ter quebrado e precisarem recorrer a um motorista de aplicativo.
Elisângela Gonçalves, de 46 anos, vai fazer a prova da OAB pela sétima vez. Ela se formou em 2018 e conta que desistiu da avaliação depois de seis tentativas porque se cobrava por resultados.
Contudo, ela decidiu voltar a fazer a prova neste ano por causa das cobranças pessoais e de terceiros. “Estou mais preparada psicologicamente, hoje eu tô mais calma, me preparei”, ela afirma.
A bacharel em direito pretende trabalhar na área de direito civil devido a maior oferta de emprego.
Já a amiga Danielle Peres Tibúrcio, de 36 anos, mora em uma fazenda em Terenos e está no último semestre de direito. Ela conta que fez a inscrição nos últimos momentos e que precisou da ajuda de uma amiga para finalizar o formulário devido ao sinal ruim de internet na área rural.
A acadêmica conta que se preparou para a prova com até 11 horas diárias de estudo na reta final, mas que a maior dificuldade será no processo civil. Contudo, ela avalia que está confiante na primeira fase.
“Eu gosto de direito do trabalho porque tem uma professora que me incentivou bastante. Ela contou uma história em que me identifiquei e agora quero trabalhar nessa área”, conta.
Outra candidata que veio de outra cidade é a acadêmica do último semestre de direito, Maria Eduarda Alfaro, de 22 anos, que veio de Água Clara. Ela chegou em Campo Grande às 08h para poder tomar se preparar com calma e evitar imprevistos.
“O que é mais difícil são as novas matérias, como direito financeiro e direito administrativo, mas é importante estar confiante porque ajuda a ter pensamento positivo”, ela reflete.
