Chuva ameniza incêndios na Serra do Amolar, mas combate segue intenso na região do Paiaguás

As labaredas alcançam altura superior a 3 metros e fogo segue intenso na região; a expectativa é que as chuvas registradas na manhã desta sexta-feira (24) reduzam as chamas

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
nhecolandia Combate aos incêndios no Pantanal
Combate aos incêndios no Pantanal (Divulgação, IHP)

A forte chuva registrada na região do Pantanal nesta quinta-feira (23), aliviou a situação dos incêndios florestais que castigavam a fauna e flora na Serra do Amolar. No entanto, no Paiaguás, as precipitações não foram suficientes para conter as chamas e o combate segue intenso.

O principal desafio no combate às chamas é cobrir toda a extensão territorial do Pantanal, a distância entre a Serra do Amolar e o Paiaguás é de mais de 40 minutos entre embarcação rápida pelo rio Paraguai e caminhada de 10 km pelo Pantanal adentro a partir do Porto São Pedro.

“As grandes dimensões do Pantanal criam situações adversas. A chuva desta quarta-feira amenizou a situação na área do corredor de biodiversidade na Serra do Amolar, mas ela não chegou no Paiaguás”, informou o IHP (Instituto Homem Pantaneiro).

Neste ano, o Pantanal registrou 691 mil hectares queimados em Mato Grosso do Sul, 216% a mais que em 2022. Segundo o Instituto Homem Pantaneiro, a Serra do Amolar é um importante reduto da biodiversidade pantaneira, por isso, as ações de prevenção do fogo são realizadas desde janeiro dentro do território.

A Brigada Alto Pantanal, atualizou a situação no final da tarde desta quinta-feira (23), conforme os brigadistas, o combate segue intenso nesta outra área do bioma. As labaredas alcançam altura superior a 3 metros, e devido à ausência de chuva, a intensidade do fogo permanece elevada.

Conforme o Instituto Homem Pantaneiro, a expectativa é que as chuvas registradas na manhã desta sexta-feira (24), reduzam significativamente as chamas na região.

Confira o vídeo:

Pantanal registrou 691 mil hectares queimados

Dados divulgados na última quarta-feira (22), indicam que, de 1º de janeiro a 20 de novembro de 2023, 91% dos focos de calor registrados no Pantanal de MS são registrados em Miranda (10%), Aquidauana (13,4%) e Corumbá que concentra 67% dos focos.

A área queimada no bioma Cerrado em 2023 foi 26% maior que no ano passado, porém a área queimada este ano soma 989 mil hectares. Entre as áreas protegidas, a Rede Amolar no Pantanal, teve 180 mil hectares queimados este ano, as chamas consumiram 134 mil hectares de terras indígenas no Estado e 54 mil hectares de unidades de conservação.

Pantanal
Fogo que atingiu a região pantaneira (Divulgação)

Em 2023, o Corpo de Bombeiros atendeu 4.285 ocorrências de incêndios florestais e empregou 330 militares nas ações de preservação, preparação e combate.

Nesta semana, as chuvas ajudaram a conter os focos de incêndios, mas a Brigada Alto Pantanal segue monitorando áreas sensíveis na região e mantendo contato com moradores. Equipes do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) do Ibama e do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul seguem concentradas no rescaldo das chamas.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados