Caminhões em via improvisada derrubam fios e deixam moradores sem energia no Cabreúva
Há três dias, idoso está sem energia em casa e não sabe quando o problema será solucionado.
Jennifer Ribeiro, Ari Theodoro –
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A passagem de caminhões por uma via irregular tem causado dor de cabeça aos moradores do bairro Cabreúva, em Campo Grande. Eles alegam que os caminhões que entram e saem da Feira Central, derrubam os fios dos postes e deixam o bairro sem energia elétrica.
Como o local por onde eles passam não é uma rua regular, os fios de energia estão em altura mais baixa, o que contribui para que enrosquem nos caminhões. Segundo Aroldo Gonçalves, aposentado e ex-ferroviário, de 82 anos, depois que a feira abriu uma travessa, que seria provisória para a entrada e saída dos caminhões, o problema começou.
Ele explica que os veículos não são aqueles que levam os insumos às barracas, mas sim os caminhões que levam as estruturas de palco para os shows e outras apresentações artísticas. Há três dias, Aroldo está sem energia em casa e não sabe quando o problema será solucionado.
“É tão simples de resolver, só falta sensibilidade por parte dos representantes da Feira Central e da fiscalização, porque a rua é muito estreita, não tem espaço nem pra manobrar”, conta Aroldo. “Às vezes eles [motoristas] precisam subir no meio-fio para manobrar os caminhões”.
Com a falta de energia, a dois dias do Natal, o ex-ferroviário lamenta o transtorno gerado pela situação. Ele explica que precisou jogar vários alimentos fora, porque estragaram com a falta de refrigeração.
Moradora recorreu à polícia
Cansada, Sandra Helena Gonçalves, filha de Aroldo, fez um boletim de ocorrência no dia 20 de dezembro, na esperança de que o problema possa ser solucionado. Isso porque, se não bastasse a falta de energia resultante dos fios arrancados, os moradores temem o risco de acidente, já que os veículos passam muito perto das residências.
Sandra explica ainda, no documento, que a presidente da Feira Central, Alvira Soares, e demais administradores da feira tem ciência da situação, mas ainda não fizeram nada que solucionasse o caso.
“A rua seria provisória e fica por um triz da nossa casa. Nós temos medo de acidentes, porque muitos fazem manobra para sair da travessa e chegam muito perto da nossa casa. Ficamos com medo”, explica. “Vejo uma ausência da Agetran, pois a entrada e saída ali é inviável. Acho que falta boa vontade, nada impede dos veículos possam entrar e sair pela Eça de Queiroz. Só queremos que eles evitem a Rua dos Ferroviários”, conclui.
Sandra também aponta que o problema é ainda mais frequente durante a noite, já que fiscalização no local é menor, que os moradores tentaram falar com alguns motoristas, mas que o diálogo não foi aceito.
Associação de moradores está ciente da situação
Eduardo Cabral, presidente da associação de moradores do bairro Cabreúva, também conversou com a reportagem e disse estar ciente da situação. Ele afirma que entrou em contato com a representante da Feira Central e que, diante da situação nos últimos dias, que resultou na falta de energia da casa do seo Aroldo, ele enviou um ofício para a Agetran, solicitando a instalação de placas no início das Ruas dos Ferroviários, proibindo a entrada de veículos de grande porte.
Os moradores explicaram que a Energisa esteve no local, mas que a energia ainda não foi reestabelecida.
A reportagem entrou em contato com a Energisa, a Agetran, mas até o momento não houve retorno. O espaço continua aberto para esclarecimentos.
Posicionamento da Feira Central
Procurada pela reportagem, a presidente da Feira Central, Alvira Soares, informou que a feira não tem veículos tão grandes que possam puxar a fiação e que o problema está na instalação dos fios. “As empresas não instalam no padrão adequado, só puxam pra casa e não seguem as normas de segurança de tráfego, então os fios ficam abaixo da média, balançando e aí, qualquer veículo que passar, pode acabar rompendo os fios, até mesmo da Feira”, explica.
“A gente tem que lutar com as companhias de telefonia e de operadoras para que haja altura dos fios, para que haja tráfego seguro nas ruas”. “Tem que ter uma fiscalização das medidas de segurança. Quando a Feira Central coloca um cabo, a gente procura a Agetran para saber a medida cabível”, continua.
Citando a Rua dos Ferroviários, Alvira explica que lá não é comum passar caminhões que estão prestando serviços para a Feira, mas sim para construtoras da região ou para organizadores de eventos na Esplanada Ferroviária.
Veja os vídeos feitos por Sandra:
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