Moradores da Favela do Mandela receberam visita da prefeita Adriane Lopes (PP), na manhã desta quinta-feira (23), informando que a retirada dos desabrigados será gradativa e distribuída para quatro terrenos. A reconstrução não seria alternativa viável, diante da tragédia do incêndio que destruiu barracos, há uma semana.
As tendas improvisadas continuam abrigando famílias que foram impactadas pelo incêndio. Nesta manhã, as doações de alimentos e produtos básicos seguia em força-tarefa. Um maquinário teria passado pelo terreno, mas ainda há destroços e riscos.
Segundo moradores, a prefeita informou que os novos lares serão instalados em terrenos no bairro Nova Lima, Zé Tavares e Iguatemi I e II, regiões que são próximas ao antigo espaço. A previsão é que a transferência aconteça em 10 dias, diante da classificação dos mais atingidos aos mais antigos.
A chuva das últimas horas atrapalhou a permanência nas tendas. Jéssica Tomiatti Dourado, mora na comunidade há sete anos e se diz insegura sobre o destino da comunidade. Ela divide espaço na barraca com outras 10 pessoas, além dos quatro filhos.
“Imagina como tem sido esses dias em uma tenda só? Entrou água por debaixo da tenda. Minha filha tem problema respiratório, teve crise e por sorte uma das líderes conseguiu remédio. Ficar aqui não é legal, a gente dorme no chão, quero ir para minha casa, porque senão a gente reconstrói os barracos aqui mesmo”, disse.
Taina Silva mora desdo início da construção da comunidade, há oito anos. Parte do barraco foi atingido pelas chamas. “O clima está bem tenso, está todo mundo meio perdido, porque cada um fala uma coisa. Certeza a gente vai ter o dia que realmente sair desse lugar, tem o sonho da casa própria”.
