Antiviral usado por vítima de Daniel Alves está disponível em MS; entenda quando solicitar

O medicamento pode ser usado para prevenir o HIV e também para se proteger após uma exposição. Além do tratamento para quem está infectado com o vírus

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CTA em Campo Grande
CTA em Campo Grande (Foto: Henrique Arakaki/Midiamax)

Recentemente o caso de estupro envolvendo o jogador de futebol Daniel Alves e uma mulher, em Barcelona, citou o tratamento com antivirais para evitar a contaminação de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Difundido no mundo inteiro, o tratamento também é aplicado em Campo Grande.

O tratamento utilizado pela mulher que acusa Daniel Alves de estupro, é o PEP (profilaxia pós-exposição). Dessa forma, os antirretrovirais são utilizados como uma medida de urgência para ser utilizada em situação de risco, existindo também profilaxia específica para o vírus da hepatite B e para outras infecções sexualmente transmissíveis.

Dessa forma, os antirretrovirais podem ser utilizados após violência sexual, relação sexual desprotegida, acidente ocupacional e demais situações de risco. A única regra é que o tratamento deve começar em até 72 horas e ser seguido por 28 dias, sem pausa. 

Tratamento gratuito em Campo Grande

Em Campo Grande, os antirretrovirais são distribuídos gratuitamente para a população via SUS. O paciente pode pedir pelo medicamento em uma das 22 UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) ou no CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), localizado na rua Anhanduí, 353, em frente ao Horto Florestal. 

O outro caso em que os antirretrovirais podem ser usados é na prevenção às doenças, chamado de profilaxia pré-exposição. Neste caso, o paciente que tiver interesse tomará um comprimido por dia, o que permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. 

Em casos de estupro, paciente deve procurar uma UPA

Em casos de estupro, as vítimas também são orientadas a fazer o tratamento com antirretrovirais para evitar a contaminação de doenças. O método é praxe em todo o mundo e uma forma de proteger a vítima.

Dr. Roberto CTA
Roberto, médico do CTA (Foto: Henrique Arakaki/Midiamax)

O médico de família do CTA de Campo Grande, Roberto Paulo Braz Junior, explica ainda que os locais de referência para atendimento em casos de estupro são as UPAs, para avaliar o estado geral da vítima.

Em todos os outros casos, além das unidades de saúde, o paciente pode procurar o CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), onde a equipe é preparada sobre o assunto. No local também é possível fazer testes de ISTs, como o HIV, gratuitamente.

Tratamento evoluiu nos últimos anos

De um coquetel que incluía várias doses de remédio ao dia, para apenas um ou dois comprimidos. Essa é a evolução do tratamento com antirretrovirais nos últimos anos. O medicamento é basicamente usado no tratamento e prevenção do HIV, mas também para evitar as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).

Médico de família do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) de Campo Grande, Roberto Paulo Braz Junior, explica que como a medicina evoluiu muito nos últimos anos, hoje em dia se evita a palavra ‘coquetel’. “Aqueles muitos comprimidos assustavam as pessoas, mas hoje não é mais assim”, conta.

O antirretroviral é um medicamento que atua nos vírus do tipo retrovírus, tendo como principal representante do grupo o HIV. O medicamento pode ser usado para prevenir o HIV e também para se proteger após uma exposição. Além do tratamento para quem está infectado com o vírus.

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