Ameaça no Brasil, doença do gato teve apenas uma notificação em Campo Grande em 1 ano
País está em alerta pelo avanço da doença
Clayton Neves –
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Com o País em alerta pelo avanço desenfreado da esporotricose, conhecida como doença do gato, Campo Grande apresenta situação confortável diante de um possível surto da doença. Em 2022, a Capital registrou apenas uma notificação da doença e não há informações de casos recentes, segundo informou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Justamente pela baixa incidência, a Prefeitura de Campo Grande não detalhou se há um plano de controle para eventual propagação da esporotricose na cidade. O Jornal Midiamax também questionou a SES (Secretaria Estadual de Saúde) sobre a quantidade de casos já registrada no Estado e quais são as estratégias de combate, no entanto, até o fechamento desta matéria não tivemos retorno.
Pelo que se sabe até o momento, a doença tem se espalhando rapidamente em vários estados do Brasil e em vizinhos como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile.
A doença do gato
Micose que provoca lesões na pele, a doença tem como principal causa o fungo Sporothrix brasiliensis, encontrado em plantas, espinhos de arbustos, árvores e vegetação em decomposição. A infecção pode acontecer através do contato com o fungo presente na natureza ou de maneira parasitária, entre homens e animais.
De acordo com estudo da FPR (Universidade Federal do Paraná), divulgado no 23º Congresso Brasileiro de Infectologia, no Brasil, em 90% dos casos a transmissão é felina. Cachorros e humanos não transmitem a doença, apenas gatos infectados por meio de arranhaduras e mordidas.
“Os indivíduos geralmente adquirem a infecção pela implantação do fungo na pele ou mucosa por meio de um trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; ou arranhadura, ou mordedura de animais doentes, sendo, o gato, atualmente, o principal transmissor da doença”, detalha nota técnica do Ministério da Saúde.
Conforme o documento, inicialmente os sintomas são similares a uma picada de inseto, que podem evoluir para cura espontânea. “Em casos mais graves, por exemplo, quando o fungo afeta os pulmões, podem surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos da tuberculose”, detalha.
No entanto, o fungo também pode afetar os ossos e articulações, com inchaço e dor aos movimentos, sintomas semelhantes ao de uma artrite infecciosa. “As formas clínicas da doença vão depender de fatores como o estado imunológico do indivíduo e a profundidade da lesão. O período de incubação é variável, de uma semana a um mês, podendo chegar a seis meses após a inoculação, ou seja, a entrada do fungo no organismo humano”, aponta.
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