Há um ano, por desconhecimento ou afronta, um homem decidiu nadar no lago do amor. Ao invadir o espaço que é habitat de animais silvestres, foi ferido por um jacaré. Doze meses depois, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) decidiu cercar o lago do amor, mas esqueceu que ali é rota de animais.
Imagens gravadas por leitores do Jornal Midiamax mostram uma capivara tentando entrar no Lago do Amor e batendo nas grades instaladas recentemente. Ainda conforme a pessoa que gravou as imagens, a cena se tornou rotina no local.
O biólogo José Milton Longo afirma que os bandos de capivara têm um aprendizado de rotas por onde passam para comer e as grades confundem os animais. “Poderia fazer uma passagem de fauna, essa é minha sugestão, que deixasse um espaço para os animais passar, visto que ali é um habitat deles”.
Ainda de acordo com o biólogo, a ideia poderia ser inversa, de educar a população que frequenta o local para não jogar lixo, por exemplo.
De acordo com a UFMS, a instalação das grades contempla a extensão de 250 metros, com o objetivo de evitar o descarte de lixo no Lago do Amor e ampliar a proteção da biodiversidade, da fauna, da flora e das pessoas. Haverá trechos abertos para a circulação dos animais.
Invasão e ataque de jacarés
Em 24 de outubro de 2021, um homem conhecido na região invadiu e nadou no Lago do Amor. Na ocasião, foi atacado por jacarés que vivem no local. O ataque foi uma das situações mais inusitadas de Campo Grande, já que é fato notório a existência de jacarés no lago.
Conforme os relatos, frequentadores do local estavam sentados na calçada, próximo ao lago, quando viram o homem se aproximar, tirar a camisa, pular a grade que cerca a água e começar a nadar. “Aparentemente ele não sabia que tinha jacaré no lago, na hora ele ficou meio atordoado”, relata um dos moradores. Ele recebeu ajuda ao sair do lago quando teria sido atendido por uma ambulância que passava pela Avenida Senador Filinto Müler.
