O Ministério da Saúde emitiu nota técnica em que aponta cuidados específicos que mulheres grávidas e que amamentam devem ter diante do surto da varíola dos macacos. Para esse grupo, considerado de risco, uma das principais orientações é a volta do uso de máscara.

Mato Grosso do Sul atualmente possui cinco casos positivos da doença, conforme o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira.

“As gestantes apresentam quadro clínico com características semelhantes às não gestantes, mas podem apresentar gravidade maior, sendo consideradas grupo de risco para evolução desfavorável”, diz o texto.

A nota técnica pontua o crescimento rápido no número de casos no Brasil e no mundo. Afirma que gestantes e mães que amamentam devem se afastar de pessoas contaminadas e usar preservativo em todas as relações sexuais.

Além das gestantes e puérperas, estão no grupo de risco imunossuprimidos e crianças menores de oito anos. Por isso, segundo o documento afirma que laboratórios devem priorizar o diagnóstico dessas pessoas, “visto que complicações oculares, encefalite e óbito são mais frequentes”.

Gestantes com quadro moderado ou grave de varíola dos macacos sejam hospitalizadas. Já as grávidas que estão com sinais da doença, com descartado, devem ficar em isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas, e refazer o exame, caso os sintomas não desapareçam.

Varíola dos Macacos

A infecção pelo vírus se dá de três formas: em contato com um macaco infectado com o vírus, com outra pessoa doente e também com materiais contaminados. De pessoa para pessoa, o vírus é transmitido no contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

Portanto, as formas mais comuns de contágio são as seguintes:

• do contato com roupas ou lençóis (como roupas de cama ou toalhas) usados por uma pessoa infectada; 

• do contato direto com lesões ou crostas de varíola de macaco; 

• da exposição próxima à tosse ou a espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola. 

Sintomas e prevenção

Segundo as autoridades, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias e os sintomas costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores musculares, na cabeça e nas costas, febre, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.

A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos, mas a OMS explicou que pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis, já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.

A organização trabalha na verificação dos estoques atuais de vacina da varíola para ver se precisam ser atualizados. A prevenção e o controle dependem da conscientização das comunidades e da educação dos profissionais de saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão.