Com testes de dengue escassos, quadros graves viram prioridade em MS
Ministério da Saúde informa que nova remessa de insumos deve chegar em junho no Estado
Fernanda Feliciano –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Os altos indicadores de dengue resultaram na escassez de testes para a detecção da dengue em Mato Grosso do Sul. Conforme a SES (Secretaria de Estado de Saúde), apesar de normalizado, restariam apenas cerca de 5 mil testes de biologia molecular — fornecidos pelo Ministério da Saúde — no Estado.
Dessa forma, a pasta detalhou que os testes estão sendo priorizados para casos graves da doença, a pacientes internados, a gestantes e a pacientes com comorbidade.
Em nota, o Ministério da Saúde informa que uma nova remessa dos insumos está prevista para ser entregue até o mês de junho e que os testes moleculares da Fiocruz estão sendo entregues diretamente aos Lacens (Laboratórios Centrais) para reforçar o rastreamento da doença em todo o país.
Mato Grosso do Sul já acumula 11.620 casos prováveis de dengue e ocupa o 10º no ranking de incidência de casos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que relaciona as 27 unidades federativas do país, conforme último boletim epidemiológico divulgado pela SES.
Com base no último boletim epidemiológico divulgado pela secretaria, no último dia 13, o município de São Gabriel do Oeste ocupa o primeiro lugar em MS, com 1.646 casos prováveis, que resultam em taxa de incidência de 6.046,8 a cada 100 mil habitantes na data de publicação.
Em segundo lugar, está Angélica, com incidência de 2.634,5 a cada 100 mil, considerando 288 casos prováveis. Ribas do Rio Pardo vem em terceiro, com incidência de 2.038,8 a cada 100 mil, considerando 509 casos investigados — ao todo, são 29 municípios com taxa considerada alta. Campo Grande está em 50º no ranking de incidência do Estado, com 98,8 casos prováveis a cada 100 mil, índice considerado baixo.
De acordo com o boletim, a maioria dos casos prováveis é de pessoas entre 20 e 29 anos, com 19,41% dos casos, adultos de 30 a 39 anos com 17,99% dos registros e adolescentes e jovens entre 10 e 19 anos, com 17,55% das notificações.
Já em relação ao número de casos confirmados, Campo Grande já contabiliza 619, Chapadão do Sul registra 441 e Amambai 273. As cidades de Três Lagoas e Dourados registram 265. Acerca do número de óbitos, o mês de maio registrou 1 morte por dengue em Campo Grande de uma mulher de 69 anos, que tinha cardiopatia. Clique AQUI para conferir o boletim na íntegra.
Caso suspeito de dengue
A dengue apresenta alguns sintomas ou sinais de alerta que podem surgir após um quadro de febre. Confira:
- Dor abdominal intensa e contínua ou dor à palpação do abdômen;
- Vômitos persistentes;
- Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdio);
- Sangramento de mucosas;
- Letargia ou irritabilidade;
- Hipotensão postural (é a diminuição súbita da pressão arterial ao se levantar de uma posição deitada ou sentada, principalmente quando de maneira brusca);
- Hepatomegalia maior do que 2 cm;
- Aumento progressivo do hematócrito.
Pessoas que viajaram nos últimos 14 dias para um local com transmissão da dengue e apresentarem febre entre 2 e 7 dias em conjunto com pelo menos 2 sinais de alarme também devem ficar atentas. Confira os sintomas de alarme:
- Náuseas, vômitos;
- Exantema (manchas avermelhadas no corpo);
- Mialgias (dor muscular), artralgia (dor nas articulações);
- Cefaleia (dor de cabeça), dor retro-orbital (dor nos olhos);
- Petéquias ou prova do laço positiva;
- Leucopenia (é quando o número de leucócitos, que são as células de defesa do sangue, está baixo; é verificado através do exame
hemograma).
Medidas de prevenção
Para se prevenir da dengue e frear a transmissão do mosquito Aedes aegypti é preciso evitar água parada e tomar algumas medidas de combate, como:
- Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
- Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para
armazenar água; - Manter caixas d’água bem fechadas;
- Remover galhos e folhas de calhas;
- Não deixar água acumulada sobre a laje;
- Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana;
- Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
- Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
- Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
- Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
- Acondicionar pneus em locais cobertos;
- Fazer sempre manutenção de piscinas;
- Tampar ralos;
- Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
- Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
- Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados
semanalmente; - Limpar sempre a bandeja do ar-condicionado;
- Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
- Catar sacos plásticos e lixo do quintal.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
- VÍDEO: Menino fica ‘preso’ em máquina de pelúcia durante brincadeira em MS
- VÍDEO: Honda Civic invade calçada e bate em poste na Avenida Bandeirantes
- Ação contra roubo de cargas prende um no Jardim Aeroporto em Campo Grande
Últimas Notícias
Bombeiros preveem Operação contra incêndios em MS o ano todo em 2025
Resultado foi positivo este ano com a área queimada reduzida para 1,6 milhões de hectare
Mariana Rios expõe diagnóstico de doença rara: “Zumbido sem fim”
No The Noite, Mariana Rios revelou que foi diagnosticada com uma doença raríssima que a deixou com sequelas; entenda a situação
Em semana da segurança, Câmara aprova novo tipo de prisão em flagrante
Texto segue para análise do Senado
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.