A (Secretaria Municipal de Saúde) não confirma, pelo menos na Capital, a informação contida na manifestação da AGU (Advocacia-Geral da União), de que 1.014 crianças e adolescentes podem ter sido imunizados indevidamente em Mato Grosso do Sul. O documento foi enviado na terça-feira (18) pelo advogado-Geral da União, Bruno Bianco, com base em dados da RNDS (Rede Nacional de Dados da Saúde). Vale lembrar que os números podem conter variações devido ao lançamento manual das informações pelos municípios.

Segundo o secretário-adjunto, Rogério Souto, não há registro de aplicação feita de forma irregular. “Geralmente, quando há equívoco na aplicação, as unidades de saúde reportam à Sesau, o que não aconteceu até o momento. Mesmo assim, e até atendendo ao pedido do Estado, vamos averiguar melhor”, disse.

Dentre as doses aplicadas para as crianças e adolescentes, estão os imunizantes Coronavac, Astrazeneca, e até mesmo Janssen. Destas, apenas a Pfizer — em dose pediátrica para pessoas de 5 a 11 anos e dose adulta para maiores de 12 — é autorizada pelo Ministério da Saúde e pela (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicação no público menor de 18 anos.

Os dados apresentados no Supremo descrevem, ao todo, 711 vacinados no Estado de 0 a 17 anos de forma supostamente irregular, que teriam tomado doses da Coronavac, Astrazeneca e Janssen, não indicadas para o público. Outras 303 crianças teriam sido imunizadas com doses da Pfizer aplicada em adultos. No público de 5 a 11 anos, a tabela traz 131 casos sob suspeita, além de 124 imunizações em crianças de 0 a 4 anos.