Mato Grosso do Sul recebe teste da varíola dos macacos e espera fazer 30 exames por dia

Antes, amostras eram encaminhadas para laboratório no Rio de Janeiro

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Kits foram encaminhados pelo Ministério da Saúde. (Foto: SES)

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) recebeu dois kits de diagnóstico da varíola dos macacos com capacidade para 190 testes da doença. Antes, as amostras de casos suspeitos eram enviadas para laboratórios no Rio de Janeiro, agora, com os materiais enviados pelo Ministério da Saúde, o Estado poderá fazer as análises direto no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública).

Ao todo, serão realizados 30 testes por dia e a expectativa é de que o serviço comece já nesta quarta-feira (26). De acordo com a Secretaria, técnicos do Lacen fazem os últimos ajustes de compatibilidade entre os kits encaminhados e os equipamentos usados no laboratório. 

“Segundo dados do Ministério da Saúde, o teste encaminhado para o Estado é capaz de fazer a identificação do vírus a partir das amostras colhidas em cada indivíduo. O material genético é coletado a partir da secreção formada pelas lesões que surgem na pele”, explica o  secretário de saúde, Flávio Britto.

A farmacêutica bioquímica do Lacen, Miriam Tokeshi, explica que a orientação do Ministério da Saúde é que os testes sejam usados em pessoas com suspeitas da doença. “É importante dizer que esse kit permite fazer a análise em 190 amostras, mas o Ministério da Saúde ainda não nos informou se vamos receber novos testes”.

Casos confirmados

Segundo último boletim epidemiológico da SES, Mato Grosso do Sul soma 136 casos confirmados e 42 suspeitos da doença. Do total, homens são maioria e representam 87,4%.

No topo da lista com maior número de casos, Campo Grande já teve 101 diagnósticos positivos. Na sequência aparecem Dourados com 16 e Maracaju com 4. Entre os sintomas mais relatados pelos pacientes estão feridas na pele, febre súbita e lesões na genitália. 

Monkeypox

A doença é causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Embora receba a nomenclatura de “varíola dos macacos”, o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação entre pessoas.

Os sintomas mais comuns da varíola dos macacos são: erupção cutânea ou lesões espalhadas pela pele; adenomegalia/linfonodos inchados, também conhecidos como ínguas; dor de cabeça; calafrios e fraqueza. Quem apresentar quaisquer sintomas deve procurar uma unidade de saúde.  

Para quem testou positivo, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até desaparecimento das crostas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste.

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