Parte das escolas de ensino fundamental e infantil de Campo Grande devem funcionar nesta quinta-feira (15), mesmo com o anúncio da paralisação e assembleia geral dos professores organizada pela ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), marcada para às 08h.

De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, “a princípio as aulas da Rede Municipal de Ensino (Reme) ocorrem normalmente amanhã”. Porém, as unidades escolares podem aderir total, parcialmente ou não participar da paralisação dos profissionais da educação. 

Em conversa com o Midiamax, alguns profissionais da categoria temem que a falta de definição de um calendário de reposição prolongue a reposição do ano letivo. Algumas instituições de ensino devem funcionar normalmente amanhã e planejam concluir o ano letivo na próxima semana, em 22 de dezembro.

O assunto do calendário está travado entre a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e a ACP, já que o sindicato afirma que espera uma reunião com o titular da pasta para decidir “isso de forma conjunta”, enquanto a Prefeitura alega que a definição do calendário de reposição depende das aulas continuarem ou não.

“Portanto só será divulgado de forma conclusiva nos próximos dias”, afirmou a Prefeitura em nota. 

O tema do calendário de reposição segue nesse impasse desde 08 de dezembro, quando houve o fim da greve dos professores da rede municipal que iniciou em 02 de dezembro. Além dos cinco dias de greve, duas paralisações dos dias 25 e 29 de de novembro precisam ser repostas. 

No sábado (10), mesmo antes da definição de uma programação para as novas aulas, as escolas restituíram o dia de paralisação de 25 de novembro. Desde terça-feira as aulas voltaram ao normal em Campo Grande. 

Paralisação na quinta-feira

Os professores da rede municipal realizam uma nova paralisação e se reúnem em assembleia geral nesta quinta-feira (15), na sede da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul). Na ocasião eles devem decidir os próximos rumos da mobilização que pede o reajuste salarial de 10.39%, previsto em lei. 

Os professores exigem o cumprimento da Lei 6.796/2022 que prevê o reajuste escalonado de salário de 64% até 2024 para o piso de 20 horas, após acordo da categoria com a Prefeitura em março deste ano, ainda na gestão do ex-prefeito Marcos Trad (PSD).

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Professores se mobilizam desde novembro. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Na terça-feira (13), o professor Gilvano Bronzoni tomou posse como novo presidente da ACP e deve liderar as negociações do sindicato junto à Prefeitura. Nesta quarta-feira (14) estava programada a entrega de uma proposta do poder executivo municipal sobre o reajuste salarial.