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Cotidiano

Sem descartar varíola dos macacos, paciente de MS pode estar com síndrome rara

O paciente foi avaliado por infectologista e dermatologista na Santa Casa de Corumbá
Mariane Chianezi -
Santa Casa de Corumbá. (Foto: Renê Marcio Carneiro)
Santa Casa de Corumbá. (Foto: Renê Marcio Carneiro)

Avaliado por médico infectologista e dermatologista, o jovem de 16 anos, considerado o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul, segue isolado e foi indicado que ele pode estar com síndrome rara.

Em nota divulgada no fim da tarde desta terça-feira (31), a de ainda não descartou o diagnóstico de Monkeypox, popularmente conhecida como a varíola dos macacos.

“[O paciente] encontra-se clinicamente estável, isolado e monitorizado em ambiente de terapia intensiva e com conduta terapêutica adequada. De acordo com o histórico clínico do paciente, bem como as características das lesões, a equipe de profissionais da Santa Casa de Corumbá acredita ser pouco provável a infecção pelo referido vírus”, diz trecho de nota.

O hospital relata que ele pode estar com Síndrome de Dress ou para caso de Psoríase Pustulosa, doença dermatológica caracterizada por múltiplas lesões de pele. “Reiteramos que todas as medidas estão sendo tomadas para elucidar o diagnóstico do paciente”, afirma a Santa Casa.

O que é a Síndrome de Dress?

A síndrome de hipersensibilidade a drogas com eosinofilia e sintomas sistêmicos — síndrome de Dress — é uma rara reação adversa a drogas com potencial de morte e sequelas em longo prazo. Os anticonvulsivantes aromáticos estão entre os medicamentos mais relacionados.

O que se sabe até agora sobre a varíola dos macacos

Originalmente conhecida como Monkeypox, a varíola dos macacos é uma doença endêmica da África e recentemente tem causado alerta no mundo por conta de infecções registradas desde o início de maio na América do Norte e Europa. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), até semana passada eram 131 casos confirmados e 106 suspeitos em todo o mundo.

O que chama atenção das autoridades mundiais em saúde é que essa é a primeira vez que a doença causa surto em várias partes do mundo sem que os pacientes com a doença tenham viajado para a África.

De acordo com o Instituto Butantan, a varíola dos macacos pode ser definida como uma “doença febril” aguda, que ocorre de forma parecida à da varíola humana.

Principais formas de contágio da varíola dos macacos

A infecção pelo vírus se dá de três formas: em contato com um macaco infectado com o vírus, com outra pessoa doente e também com materiais contaminados. De pessoa para pessoa, o vírus é transmitido no contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

Portanto, as formas mais comuns de contágio são as seguintes:

• do contato com roupas ou lençóis (como roupas de cama ou toalhas) usados por uma pessoa infectada; 

• do contato direto com lesões ou crostas de varíola de macaco; 

• da próxima à tosse ou a espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola. 

Sintomas e prevenção

Segundo as autoridades, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias e os sintomas costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores musculares, na cabeça e nas costas, febre, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.

Em nota emitida na semana passada, o Ministério da Saúde afirma que o melhor método de prevenção para o contágio é reforçar a higiene das mãos e ter cuidado no manuseio de roupas de cama, toalhas e lençóis usados por pessoas infectadas.

Vale ressaltar que não há tratamento específico para a doença ou vacina contra o vírus, no entanto, a vacina padrão contra varíola também protege contra esse vírus. A varíola foi erradicada no mundo em 1980.

Nos Estados Unidos, último país fora do continente Africado a registrar surto da doença no início dos anos 2000, não houve nenhuma morte causada pela doença. Segundo especialistas, esse cenário revela que com assistência adequada, a doença, apesar de grave, pode não representar uma epidemia, como a causada por vírus respiratórios, como a Covid-19.

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