Secretaria alerta sobre risco de desabastecimento de remédios em cidade de MS
Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas se vê em cenário ‘mais confortável’ que outras cidades onde já há desabastecimento de remédios
Humberto Marques –
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A Secretaria de Saúde de Três Lagoas –a 334 km de Campo Grande– alertou nesta sexta-feira (15) sobre o risco de desabastecimento de remédios no município, acompanhado um problema que vem atingindo várias cidades em todo o país. Segundo a titular da pasta, Elaine Furio, por enquanto a cidade vive um cenário “mais confortável”, mas preocupante.
Ocitocina, amicacina, atropina, neostigmina e dipirona, além de outros analgésicos e anti-inflamatórios, são alguns dos medicamentos em falta em estabelecimento hospitalares do país. A Secretaria de Saúde, contudo, adverte que pode haver, futuramente, desabastecimento de remédios na Rede Municipal de Saúde.
Isso ocorre porque alguns vencedores de licitações para o fornecimento de medicamentos estão pedindo desclassificação de alguns itens por não terem o produto, e por outros fornecidos pelo Governo Federal. Isso ocorre porque há, na Saúde Pública, os remédios “pactuados”, adquiridos pelo município, e “não-pactuados”, vindos do Ministério da Saúde.
“Geralmente os medicamentos não-pactuados são os primeiros a faltar. Mas, neste momento, ainda estamos em uma situação mais confortável comparado a outras cidades” explicou a secretária da pasta, via assessoria.
Desabastecimento de remédios ainda não atinge alguns medicamentos
Entre aqueles não adquiridos por conta da falta no mercado farmacêutico em geral estão a amoxicilina e o clavulanato. Ambos ainda têm unidades em estoque na Rede Municipal de Saúde de Três Lagoas. A azitromicina, por sua vez, foi adquiria, mas o vencedor pediu desclassificação –e o segundo e terceiro colocados podem não aderir ao certame por conta da alta nos preços.
Em relação à dipirona, escassa em diversas cidades, Três Lagoas tem em estoque e efetuou nova compra, aguardando receber o item do fornecedor.
Conforme a Abiquifi (Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos), entre os motivos da escassez de remédios está o cenário pandêmico e geopolítico mundial, com a guerra na Ucrânia e o lockdown na China, que prejudicam a importação de insumos farmacêuticos ativos. O aumento do dólar, do combustível e da energia, que elevaram o preço da matéria-prima, também impactam no fornecimento de produtos.
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