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Cotidiano

Santa Casa retém macas e ambulâncias ‘presas’ comprometem atendimentos em Campo Grande

Metade das viaturas da cidade estão retidas com pacientes no pátio do hospital
Karina Campos -
santa casa
Viaturas no pátio do Hospital (Foto: Fala Povo)

Cerca de sete viaturas, sendo do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), e da CCR MSVia, estão ‘presas’ no pátio da de , na tarde desta terça-feira (30). Há um impasse entre a regulação e o que alega superlotação e estar impossibilitada de receber novos pacientes.

O problema grave compromete regulação de pacientes, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Não há detalhamento sobre cada um dos pacientes, entretanto, todos são de emergências clínicas. Ainda conforme o município, a unidade está retendo as macas, o que inviabiliza o funcionamento da viatura e prejudica o atendimento às demais ocorrências.

Campo Grande totaliza 13 viaturas em funcionamento, ou seja, metade está parada aguardando um posicionamento para atendimento aos pacientes dentro das ambulâncias.

Em nota, a Santa Casa informou que a quantidade de pacientes que chegam ao Pronto-socorro regulados pela Sesau é maior que a capacidade física do hospital. A unidade explica ainda que mesmo informando sobre superlotação aos órgãos de regulação responsáveis, os pacientes continuam chegando. O hospital ressalta que, sem leitos disponíveis suficientes para atender a demanda, precisam aguardar atendimento na maca. Questionada sobre as macas, disse que o problema não é retenção do equipamento, e sim a quantidade de pacientes em atendimento no setor ao mesmo tempo.

“A Santa Casa sempre foi responsável com a liberação das macas, por entender a importância da utilização delas pelas Unidades de Samu e pelo Corpo Bombeiros, porém, a não liberação não depende do hospital, mas sim da possibilidade numérica de pacientes em atendimento. Por último, o número de macas utilizadas é bem dinâmico e difícil de mensurar, já que elas são liberadas conforme os pacientes são realocados para os leitos hospitalares, sendo que, neste momento, temos apenas uma aguardando liberação”.

Ainda de acordo com a instituição, no Pronto-socorro Adulto há oito pacientes na Unidade de Decisão Clínica – Crítica, sendo que quatro estão em ventilação mecânica (intubados) e dois em observação; a capacidade máxima é de 6 leitos.

“Unidade de Decisão Clínica – Não crítica, haviam 41 pacientes no setor, sendo que a capacidade máxima é de apenas 7 leitos, dos pacientes que estão ali, 14 são internados e aguardam leitos em enfermaria e 27 estão em observação aguardando definição de conduta”, pontuou.

Sobre a ocupação geral da Santa Casa, neste momento, há 567 pacientes internados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Cirurgias atrasadas e leitos vazios ‘escondidos’

A Santa Casa é alvo de reclamações por atrasar em mais de 15 dias cirurgias de pacientes ortopédicos, inclusive de idosos. Além disso, denúncia do Siems (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem) e de leitores do Jornal Midiamax apontam que enquanto o hospital mantém pacientes nos corredores, ‘esconde’ leitos vazios. O hospital admitiu ter leitos vazios e disse que seriam reservados para casos específicos como transplantados ou pacientes de cirurgias eletivas.

Alguns pacientes estavam esperando por cirurgias ortopédicas há mais de 15 dias, como a mãe de Elizangela da Silva Santana, 41, uma idosa de 60 anos, caiu no banheiro e faturou a mão, no dia 17 de agosto. Foi encaminhada para o hospital, desde então, é uma das pacientes que espera pela cirurgia.

“Ela entra em dieta zero [processo que antecede a cirurgia], passa a maior parte do dia sem comer. Mas como tantas vezes na dieta, agora não está conseguindo comer. Sabemos que a demanda do hospital é muito grande, mas acúmulo de cirurgias não é o resultado desse motivo”, disse.

Contrato ‘turbinado’ em R$ 9 milhões

Entretanto, na última quinta-feira (25), valores foram oficializados no Diário Oficial de Campo Grande, referentes aos termos aditivos ao contrato entre a Santa Casa e Sesau, de junho de 2021, sendo o valor turbinado R$ 9 milhões a mais no contrato, por meio de emendas parlamentares federais, indicativo de acréscimos pontuais para o mês, sendo uma parcela única de R$ 375.000,00 e R$ 7.650.000,00.

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