Mais nove bairros de serão contemplados com os mosquitos do Método Wolbachia, que contribui na redução de casos de arboviroses como dengue, e chykungunia, nesta nova fase de soltura. Ao todo já são 32 bairros onde os “Wolbitos” estão circulando e, a partir de agora, a região do Coronel Antonino, José Abrão, Mata do Jacinto, Monte Castelo, Vila Nasser, Novos Estados, Nova Lima e Seminário também estarão na lista. 

Presente em pelo menos 60% dos insetos na natureza, a Wolbachia não era comum no . Quando inserida no organismo do , este microrganismo impede o desenvolvimento de vírus que são prejudiciais à saúde do ser humano, facilitando na redução de casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo inseto. 

“O mosquito não é modificado geneticamente. A bactéria é adicionada ao ovo dele e, quando eclode, já está presente no Aedes, que ao se reproduzir com os mosquitos de campo, cria uma nova geração do Wolbito”, explica o pesquisador Luciano Moreira, líder do método no Brasil. 

Nas três etapas anteriores de soltura do mosquito, já é possível notar a prevalência do inseto com Wolbachia. “Campo Grande sofre constantemente com epidemias de dengue e essa metodologia, além de autossuficiente, já tem mostrado resultados positivos aqui no país, como é o caso de Niterói, onde o mosquito já está em todo o território e é possível perceber uma redução de até 69% nos casos de dengue”, comenta o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho. 

Mais avanços 

Além do início da soltura dos mosquitos nos bairros contemplados pela quarta fase do projeto, as equipes de saúde da região da Fase 5 começa a dar os primeiros passos, através do engajamento da população.  

São, ao todo, mais 21 bairros que estão nesta etapa: Jardim Autonomista, Bandeirantes, Bela Vista, Cabreúva, Caiçara Vila Carvalho, Centro, Cruzeiro, Vila Glória, Itanhangá Park, Jardim dos Estados, Vila Margarida, Monte Líbano, Vila Planalto, Santa Fé, Jardim São Bento, São Francisco, Vila Sobrinho, Taveirópolis e União. 

Método Wolbachia  

O Método Wolbachia tem eficácia comprovada. Um Estudo Clínico Randomizado Controlado (RCT, sigla em inglês), realizado em Yogyakarta, Indonésia, aponta uma redução de 77% na incidência de dengue e redução em 86% de hospitalizações em decorrência da doença em áreas tratadas com Wolbachia em comparação com áreas não tratadas. 

No Brasil, dados preliminares observacionais apontam redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de Zika nas áreas onde houve a liberação dos Aedes aegypti com Wolbachia.   

Os Aedes aegypti com Wolbachia liberados na natureza se reproduzem com os Aedes aegypti locais e seja estabelecida uma população destes mosquitos, todos com Wolbachia. Veja a ilustração abaixo.  

Método Wolbachia em Campo Grande   

Em Campo Grande, as liberações começaram pelos bairros da Fase 1 de implementação: Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado. Nestes bairros, os Wolbitos foram liberados semanalmente, durante 30 semanas, por agentes da Prefeitura de Campo Grande. Na Fase 2, os bairros contemplados foram: Taquarussú, Jacy, Jockey Club, América, Piratininga, Parati, Pioneiros, Alves Pereira, Centro Oeste e Los Angeles. 

Já os bairros que estão na terceira fase da implementação são: Jardim Veraneio, Carandá Bosque, Vila Carlota, Chácara Cachoeira, Dr. Albuquerque, Estrela Dalva, Jardim Paulista, Maria Aparecida Pedrossian, Noroeste, Rita Vieira, São Lourenço, Tiradentes, TV Morena, Universitário e Vilas Boas