Professores lotam o plenário da Câmara Municipal de Campo Grande em apelo para vereadores pressionarem a prefeitura para pagamento do reajuste escalonado. Nesta terça-feira (6), cerca de mil servidores estão na área interna e até no canteiro do legislativo protestando.
Os professores esperavam que a prefeita Adriane Lopes (Patriota) fosse até a Câmara participar das discussões a respeito do reajuste, já que nesta segunda (5) a prefeita não recebeu comissão de professores, que protestaram em frente à prefeitura.
A prefeita, segundo apurou o Jornal Midiamax, esteve na Câmara antes do início da sessão, para participar de ato com o vereador licenciado e agora secretário municipal de saúde, Sandro Benites. A prefeita saiu da Câmara sem falar com os professores.
Todas as cadeiras estão ocupadas por professores, há também pessoas na área externa no local, além de anunciar o motivo da reivindicação com alto-falante e cartazes na rua. Thatiane Nunes, de 29 anos, é professora contratada pela rede municipal e está participando do ato em prol da categoria.
“Viemos pedir apoio para os vereadores para que a prefeitura cumpra o pagamento do reajuste. A intenção é fazer um movimento grande para que seja cumprido”, disse.
Atuando na sala de aula há 25 anos, Ademir Barbosa dos Santos, reforça o pedido de olhar para os servidores da educação. “Não tem cabimento não cumprir uma decisão que virou lei, estabelecida pelo Marquinhos [Trad]”, pontuou.
Greve até dia 9
Outra manifestante, que preferiu não se identificar, disse que a greve foi estabelecida até a sexta-feira (9), entretanto, podem prorrogar a paralisação caso não entrem em acordo.
Os docentes aguardam a chegada da prefeita Adriane Lopes (Patriotas), para uma possível agenda na Câmara dos Vereadores, já que não foram atendidos no protesto realizado na segunda-feira (5), em frente à Prefeitura Municipal.
De acordo com a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), cerca de mil pessoas compõem o ato nesta manhã.
Reajuste
Professores estão em greve desde a última sexta-feira (2), na tentativa de acordar o pagamento do reajuste de 67% até 2024, previsto pela seguinte forma: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024; e 11,67% em outubro/2024.
Entretanto, a prefeitura alega insuficiência para cumprir o pagamento, oferecendo 4,78%. A expectativa é que o ato grevista se estenda pelo menos até o dia 9 de dezembro.
