A praga Amaranthus palmeri, também conhecida como caruru palmeri ou caruru gigante, foi detectada em propriedade rural com cultivo de soja em Naviraí, no distrito de Porto Caiuá. Detecção foi feita pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que alerta a necessidade de notificação imediata a qualquer suspeita de ocorrência de praga às autoridades fitossanitárias locais.

Assim, a confirmação foi obtida por meio de técnica molecular (sequenciamento genético), realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA-GO), em amostras coletadas pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Estado de Mato Grosso do Sul (Iagro).

Conforme informações das autoridades, trata-se de uma planta daninha exótica de crescimento rápido e extremamente agressiva. Além disso, ela pode ser tóxica, especialmente quando ingerida por animais de rebanho. Dessa forma, planta está no topo do Mapa de pragas com maior risco fitossanitário para o Brasil, com risco potencial de reduzir a produtividade de soja, milho e algodão em aproximadamente 80% a 90%, além da possibilidade de cruzamento com outras espécies do gênero, inclusive com transferência de genes de resistência aos herbicidas.

Medidas estratégicas

A Iagro informa ainda que tem adotado medidas de introdução e a dispersão para controlar a praga, bem como ações de prevenção para que não ocorram novos casos.

Os produtores também devem adotar medidas fitossanitárias para o controle da praga, como monitoramento quinzenal nos cultivos agrícolas; restringir o trânsito de maquinários (caminhões, implementos e colhedora) de fora da propriedade rural; em talhões infestados promover a desinfestação do maquinário agrícola na propriedade rural, antes de utilização em outra área sem a ocorrência da praga; e em caso de presença de plantas de caruru com resistência a herbicidas, ensacar a planta antes do arranque e promover a incineração do material vegetal.

O Mapa alerta que devido ao seu potencial de disseminação e de danos às culturas, é de fundamental importância a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga às autoridades fitossanitárias locais, como Iagro ou SFA-MS, para evitar a dispersão da praga, bem como restringir os impactos diretos e indiretos.