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Cotidiano

Falta transparência, diz ‘pai do passe livre’ sobre gratuidades concedidas pelo Consórcio Guaicurus

Antônio Modesto de Oliveira critica postura das empresas do transporte coletivo
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Gratuidades voltaram ao debate durante impasse sobre reajuste da tarifa do ônibus em Campo Grande
Gratuidades voltaram ao debate durante impasse sobre reajuste da tarifa do ônibus em Campo Grande

Com a discussão sobre o do ônibus em , o fim da gratuidade para estudantes da rede particular de ensino voltou a ser levantado. Porém, para o responsável por implantar o ‘passe livre’ na Capital, a questão exige debate popular e transparência por parte do Consórcio Guaicurus. Em meio às polêmicas, a nova tarifa do transporte coletivo vai de R$ 4,20 para R$ 4,40, a partir desta segunda-feira (17).

O ‘Pai do Passe Livre’, Antônio Modesto de Oliveira, foi coordenador do projeto voltado para os estudantes, implantado em Campo Grande nos anos 90. Com as várias discussões rondando o assunto, em 2022, ele destaca que falta transparência, participação popular e não concorda com uma série de caminhos que o programa está seguindo.

O passe do estudante foi implantado na Capital em 1993, ainda na gestão do então de Campo Grande Juvêncio César da Fonseca. Antônio se lembra que foram anos de estudos e foi criada uma comissão para debater/acompanhar o projeto e suas mudanças, algo que não é visto hoje em dia.

“As planilhas eram feitas com transparência. Tínhamos uma comissão com representantes de escolas particulares, Estado, Município, transporte coletivo e também com a participação dos estudantes. Hoje em dia não vemos isto, a população não participa, não sabemos quantos são os alunos cadastrados, quantos são os beneficiados e quais o utilizam, porque existe uma grande diferença, mas não temos clareza”, disse.

Antônio comentou sobre a pandemia, já que a Consórcio Guaicurus aponta que uma das causas do aumento da tarifa sempre são os estudantes, mas não esquece que quando os alunos não estavam tendo aulas o valor não diminuiu para a população.

“O passe do estudante não é gratuito, a população paga por ele. A maior desculpa do Consórcio Guaicurus em aumentar a tarifa são os alunos. Nós não sabemos como é o controle, pois a população não participa. Tem beneficiários que não utilizam o vale-transporte e eles têm esse direito, mas o Consórcio tem que ter um estudo e um controle sobre o assunto. O estudante é a desculpa da tarifa subir, mas na pandemia o valor não diminuiu e os alunos não estavam usando o serviço”.

Neste ano, a Prefeitura da Capital cogita a ideia de revisar a gratuidade no transporte coletivo para estudantes da rede privada de ensino, mas o criador do passe livre é contra a ideia.

“Estamos em um ano de pandemia, quando a população tinha que ter mais benefícios e não retirar os que já tem. Muitos estudantes da rede privada não têm condições de pagar o transporte público. É algo que pesa no orçamento para aquele aluno que batalha para pagar a sua mensalidade mensalmente. Se acontecer vamos ter vários alunos desaparecendo das salas de aulas. Cortar o passe do estudante é um retrocesso para a educação. O que está faltando é controle, é transparência e falta da participação popular. Apenas um grupo cuida de algo que deveria ser claro para todos”.

Passe do Estudante

Antônio diz que o projeto começou ainda nos anos 80, após muito tempo de debates e ideias, com vários movimentos estudantis, o Passe do Estudante virou realidade em 1993 e só foi ampliando com o passar do tempo.

“Por ser algo inédito no a gente foi mudando aos poucos, mas sempre para a melhor, sempre tentando acrescentar um público ainda maior. Começamos com o ensino público, mas depois também ampliamos para a rede particular. O passe do estudante é uma conquista popular. Mais de 15 mil pessoas foram às ruas pedir por isso, é uma conquista do povo que não pode ser retirada. Nesta crise não devemos tirar nada de ninguém. O Consórcio deveria apresentar dados à população”.

A equipe de reportagem entrou em contato a (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), mas até o fechamento desta matéria não obteve respostas.

O Midiamax também entrou em contato com o Consórcio Guaicurus, mas também não obteve respostas da empresa responsável pelo transporte público urbano da Capital.

 

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