Nem lombada a 30 metros de placa de ‘pare’ impede acidentes em avenida principal do Tijuca

Moradores e comerciantes pedem a instalação de um semáforo para substituir placas de ‘Pare’

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cruzamento
Cruzamento entre avenidas no Tijuca (Foto: Nathalia Alcântara/Midiamax)

São avenidas extensas e largas, divididas por canteiro central e até sinalizadas com placas de pare e um quebra-molas a 30 metros do cruzamento; ainda assim, pouco suficiente para imprudência de condutores que passam pelas Avenidas Dinamarca e Souto Maior, no Jardim Tijuca, em Campo Grande. Moradores e comerciantes reclamam de constantes acidentes no trecho mais movimentado da região.

Quem conhece o perigo reduz a velocidade ao chegar no trabalho ou passar, mas já viu diversos acidentes no cruzamento causado pela alta velocidade e falta de atenção. Há placa de pare nos dois sentidos da Avenida Souto Maior e duas lombadas na Dinamarca, assim como uma boa visibilidade devido à extensão da quadra, entretanto, os condutores que cruzam em alta velocidade não conseguem frear a tempo de evitar uma colisão, segundo os comerciantes das esquinas.

Eduardo Miranda trabalha em um petshop do Tijuca, ressalta que o perigo surge, principalmente nos horários de pico. “O cruzamento é muito perigoso, depois do almoço também, das 17h às 18h. A gente que sabe como é perigoso cuida muito quando vai atravessar o carro, de a pé, mas tem gente que  ao respeita, passa em alta velocidade”.

eduardo trabalha no Jardim Tijuca
Eduardo fala sobre a imprudência no trecho (Foto: Nathalia Alcântara/Midiamax)

“Já vi muitos acidentes em todos esses anos. Fico muito preocupada com as crianças, com gente de bicicleta. Tinha que ter um semáforo para ajudar, porque só a placa de ‘Pare’ não adianta nada”, disse a proprietária de uma padaria há oito anos no Tijuca, Eva Brito.

Leonardo Ifran, chaveiro de 24 anos, afirma que melhor sinalização seria o ideal, mas falta mais conscientização de quem conduz por ali. Mesmo estando há pouco mais de três anos com a loja, ele aponta a imprudência como principal causa das batidas, principalmente de motociclistas.

Eva tijuca
Há oito anos trabalhando na esquina, Eva tem medo constante de atropelamentos – (Foto: Nathalia Alcântara/Midiamax)

“Na Dinamarca não tem muita sinalização, então tem gente que dirige em alta velocidade porque na avenida [Souto Maior] tem o pare e tem uma lombada bem perto da placa, mas tem gente que cruza feito um ‘doido’ em alta velocidade. Claro que mais sinalização ajudaria, mas precisa da consciência das pessoas, pensar que a vida tem valor”, pontua.

Uma vendedora de 24 anos, que preferiu não se identificar, salienta que os envolvidos nos acidentes subestimam o perigo no cruzamento. “A maioria dos acidentes é de pessoas que não convivem aqui, não moram e não trabalham, por isso dirigem de forma irresponsável. Tem placa de pare nos dois lados, não falta sinalização, mas é uma rua extensa e larga, tem gente que acha que é racha”.

Francisco
Francisco mora em trecho sem asfalto e sinalização – (Foto: Nathalia Alcântara/Midiamax)

Enquanto isso, nas ruas sem asfalto do Tijuca…

A realidade é diferente nos trechos próximos às avenidas, pois, sem pavimentação e a rua com pedregulhos, os condutores não correm. Francisco Paulo, de 58 anos, limpava a calçada na Rua Aroeira, ele explicou que os acidentes acontecem nos trechos acima, enquanto os problemas para os moradores são elevados pela falta de estrutura.

“Quando chove a água desce e causa erosão. Aqui nos sentimos abandonados, porque parece um trecho esquecido, já que nas ruas de cima é asfaltado”.

A Prefeitura Municipal informou que a Agetran (Agência de Trânsito e Transporte) irá encaminhar uma equipe ao local citado para fazer o levantamento e estudos técnicos – em conformidade com a viabilidade técnica. “Incluiremos na programação de atendimento, a implantação de novas sinalizações, caso necessário. Ainda assim faremos um estudo para intensificar a educação para o trânsito na região”.

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