MS não tem registro de variante BQ.1 que pode causar nova onda de Covid-19

Infectologista explica que variante BQ.1 merece atenção, mas não se compara a surtos já registrados anteriormente.

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covid-19 variante BQ.1
(Foto: Reprodução)

O vírus da Covid-19 continua a evoluir conforme o tempo passa. Dessa vez, a mais recente linhagem do vírus registrada é a BQ.1, considerada uma sublinhagem proveniente da variante Ômicron. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cepa já foi confirmada em 65 países, inclusive no Brasil. A princípio, Mato Grosso do Sul não tem registro de casos da variante BQ.1, apesar da possibilidade de nova onda no país.

A informação foi repassada ao Jornal Midiamax pela SES (Secretaria de Estado de Saúde de MS). Órgão informou por meio de nota que tem realizado regularmente o sequenciamento genômico de variantes existentes no Estado. Dos testes realizados, nenhum apontou a nova cepa.

A SES/MS realizou na semana passada a análise de 69 amostras e nenhuma foi positiva para a Variante Ômicron BQ.1. A SES destaca a importância da população estar em dia com o esquema vacinal contra a Covid-19 que se compõe de quatro doses até 35 anos de idade”, disse.

Variante BQ.1: pode existir nova onda em MS?

Apesar do Estado não ter casos da BQ.1 confirmados até o momento, existe a possibilidade de ter nova onda de contágio em Mato Grosso do Sul, assim como ocorreu com demais linhagens da Covid-19.

Segundo a infectologista Mariana Croda (CRM: 5853), da SES, isso acontece devido a inúmeros fatores: pessoas não vacinadas ou com esquema de imunização incompleto, aumentos da circulação de pessoas com festas do fim do ano e afins. Apesar disso, a especialista tranquiliza a população.

“Mesmo com uma possível nova onda aqui no Estado, não vai ser na mesma gravidade igual ao passado”, diz.

Nesse sentido, ela ainda pontua que a gravidade da BQ.1 é a mesma das cepas já registradas anteriormente. Então, os grupos de risco continuam os mesmos:

  • Imunossuprimidos;
  • Pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta;
  • Idosos;
  • Portadores de doenças crônicas.

“Você aumenta o número de casos, aumenta o número de risco. Por isso, pessoas do grupo de risco podem vir a óbito. Além disso, a maior circulação do vírus permite nova variante e é isso que o Estado deseja suprimir. Afinal, as vacinas não previnem infecção, previnem sintomas graves e óbitos”, ressalta. Dessa forma, medidas individuais são imprescindíveis.

Como evitar variante BQ.1

Croda afirma que o fim de ano sempre foi um período crítico, por isso novas ondas da doença tendem a surgir nos últimos meses. Assim, a especialista define que as medidas individuais merecem atenção neste momento.

“Cada um vai ter que fazer suas medidas individuais, como evitar aglomeração, realizar vacinação e estar em dia com o esquema de imunização”, completa a infectologista.

Boletim Epidemiológico

Conforme informado pelo Boletim Epidemiológico de Mato Grosso do Sul, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) na terça-feira (8), os números de pessoas infectadas pelo vírus da Covid-19 seguem estáveis em todo o território. De 1º até 8 de novembro, MS registrou 127 novos casos de coronavírus na Capital e no interior.

Desse total, apenas uma idosa de 69 anos morreu em decorrência da doença na segunda-feira (7). A vítima apresentava doenças cardiovasculares e de respiração.  

O total de mortes atualizadas relacionadas à covid-19 chega a 10.846 em Mato Grosso do Sul. Já o número de testes positivos para a doença é de 582.454 desde o início da pandemia, em 2020.

Vale ressaltar que o boletim deixou de listar a quantidade de internados em tratamento da doença desde a semana passada, o que revela a eficácia da vacinação.

Casos estão controlados no Estado

Os testes com resultado positivo para Covid-19 voltaram a aumentar nas últimas semanas após um período de estabilização no cenário nacional. Segundo a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), números aumentaram entre 17 e 23 de outubro. Apesar da tendência de novos casos no cenário brasileiro, a Covid-19 permanece estável em Campo Grande.

Conforme informações da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), não foi percebido nenhum aumento de casos de Covid-19 na cidade até o momento. As unidades de saúde ofertam 700 testes por dia, cada, mas a procura caiu drasticamente desde junho, portanto, cenário está controlado.

A Sesau encaminhou à equipe de reportagem quadro demonstrativo de número de testes realizados e casos confirmados. Levantamento compreende a semana epidemiológica 36 a 43, sendo entre 4 de setembro e 29 de outubro.

Demonstrativo epidemiológico Sesau
Demonstrativo da Sesau (Quadro: Sesau)

Dados revelam que não houve percepção no aumento na procura por testes, tampouco casos confirmados da doença. “A taxa de positividade tem mantido o nível estável”, disse.

A Abrafarma também confirma a baixa incidência de casos positivos em todo o Mato Grosso do Sul. Afinal, foram notificados 1.590 casos positivos, equivalente a 18,20% em janeiro de 2021. Em outubro deste ano, até o dia 23, o número caiu para 10 casos positivos, representando 5,99%.

“No Mato Grosso do Sul, por enquanto não está se refletindo o que começou a acontecer no restante do Brasil”, informou a instituição.

Quem pode se vacinar

vacina contra a covid-19 continua a ser aplicada em Campo Grande. Segundo cronograma divulgado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), mais de 40 locais aplicam as doses nesta quarta-feira (9) e o atendimento será das 7h30 às 16h45.

A 4ª dose do imunizante está disponível para pessoas com 35 anos ou mais, trabalhadores da saúde e imonucomprometidos com 18 anos ou mais. Confira o calendário completo de vacinação:

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