Por causa da nítida melhora dos números da pandemia em Mato Grosso do Sul, resultado do avanço da vacinação contra a covid-19, é quase consenso no setor de saúde que, de modo geral, de fato este é o momento para retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras, no entanto, especialistas avaliam que bom senso deve prevalecer e utilizar a proteção deveria ser hábito, especialmente nas unidades de saúde.

“Hoje temos somente nove pessoas internadas em UTI (Unidades de Terapia Intensiva) e queda de casos ativos. É o momento de retirar máscaras no geral, mas, os ambientes de saúde, acredito que seria prudente manter”, avalia o médico infectologista Júlio Croda.

Segundo ele, o cuidado especial nos ambientes hospitalares e de saúde se justifica pelo auxílio na redução de transmissões da covid-19 e de outros vírus respiratórios. “Ou seja, seria interessante manter esse hábito como legado da pandemia. Manutenção das máscaras nos serviços de saúde”, finaliza.

Presidente do sindicato dos médicos de Mato Grosso do Sul, Marcelo Santana, também compartilha do pensamento do Croda e diz que, de agora em diante, o bom senso deve prevalecer entre a população.

“As taxas de internação caíram bastante e isso se justifica pelo aumento da vacinação. É importante que todos estejam conscientes sobre a importância de se vacinar. Sobre as máscaras, é justificável desobrigar, mas por cultura deveriam continuar o uso especialmente nas unidades de saúde. Sabemos também que para uma pessoa com sintomas respiratórios, por exemplo, o uso é indispensável”, finaliza.

Queda na obrigatoriedade

Decreto publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta sexta-feira (26), assinado pela prefeita Adriane Lopes (Patriotas), torna facultativo o uso de máscaras de proteção facial em Campo Grande. Na prática, a norma desobriga o uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) não só no interior dos veículos de transporte urbano da Capital, mas também em unidades de saúde.

Para a publicação da norma, o Executivo Municipal considerou “a redução expressiva do número de casos graves confirmados de covid-19, no município de Campo Grande e a queda da taxa de internação por covid-19 em hospitais públicos e privados”, além da cobertura vacinal em 84,86% de campo-grandenses com primeira dose, 79,42% com