Mato Grosso do Sul tem mais quatro casos suspeitos de varíola dos macacos

Agora, Estado tem 22 casos suspeitos, 10 confirmados e oito descartados

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Boletim epidemiológico divulgado pela SES nesta sexta-feira (12). (Foto: Divulgação)

Boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) aponta quatro novos casos suspeitos de varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul. Agora, o Estado tem 22 casos suspeitos, 10 confirmados e oito descartados.

Três dos novos casos suspeitos foram identificados em Campo Grande que, agora, soma nove em investigação. Costa Rica que até então não aparecia no radar, contabiliza um caso suspeito. Ainda entram na lista Dourados com dois pacientes sob suspeita, Três Lagoas com cinco e Cassilândia. Ponta Porã, Camapuã, Bandeirantes Aparecida do Taboado e Costa Rica com um cada.

Das confirmações, todos são pacientes homens e a maioria, 50%, tem entre 20 e 29 anos. Outros 30% têm de 30 a 39 e o restante entre 40 e 49 anos.

Dos 10 casos confirmados, todos tiveram erupções na pele, portanto, o sintoma mais recorrente da doença. Outros 80% apresentaram dor de garganta, seguida de febre (70%), dor de cabeça (50%), dor muscular (50%), suor e calafrios (50%).

Enfrentamento à doença

A exemplo da logística implantada em Mato grosso do Sul no combate à covid-19, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) criou grupo técnico para integrar estratégias de enfrentamento à varíola dos macacos. Até agora, o Estado já confirmou 10 infecções da doença, que entrou no radar de alerta do setor de saúde.

“O trabalho que desenvolvemos na pandemia da covid-19 foi uma excelente experiência que nos preparou para qualquer tipo de enfrentamento. Novamente, vamos subsidiar de forma técnica todas as ações, tanto a secretaria de Estado, quanto os secretários municipais”, explica o coronel Marcello Fraiha, assessor militar da SES, que vai coordenar o trabalho.

De acordo com ele, ontem (11) secretários de saúde dos 79 municípios já se reuniram com técnicos da SES para discutir o assunto. Além de emitir comunicado de risco para todas as cidades, com orientações de como agir com a doença, o grupo implantou sala de digitação para gerenciar informações e compartilhar boletins epidemiológicos, e qualificou profissionais de saúde para lidar com os pacientes.

“Eles tiveram duas webs aulas de manejo e conduta para lidar com vírus. Também disponibilizamos uma biblioteca virtual com informações compartilhadas”, pontua o coronel.

Na próxima semana, campanha publicitária com informações à população também começa a ser veiculada nas mídias sociais. “Já foi autorizada essa divulgação”, completou.

Agora, além dos cuidados básicos com a doença, como o distanciamento entre pessoas, a principal recomendação é a testagem. “A partir do surgimento de sintomas que caracterizem a possibilidade de infecção é preciso buscar imediatamente qualquer unidade de saúde. O teste é importante para que tenhamos rapidamente a testagem e o isolamento se for o caso”, finalizou Fraiha.

Ontem (11), boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) confirmou que Mato Grosso do Sul tem 10 casos confirmados de varíola dos macacos. A morte do rapaz de 31 anos, que estava internado no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) com sintomas da doença, ainda segue em investigação.

Conforme o boletim, somente em agosto foram 19 notificações da doença. Do total de confirmações da varíola dos macacos, oito são em Campo Grande, um de Dourados e um em Itaquiraí. Todos os pacientes são homens, em sua maioria com idade entre 20 e 29 anos. Os outros infectados somam 30% com idade entre 30 e 39 anos e 20% com idade 40 a 49 anos.

Todos os infectados apresentaram erupções cutâneas, 80% apresentaram linfonodos pelo corpo e 70% tiveram febre. Os pacientes com a confirmação da Monkeypox estão isolados. Seguem em investigação 18 casos. Em todo o Brasil, são mais de 2.415 casos confirmados e apenas uma morte, em Minas Gerais.

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