Mesmo após ser aberta para toda a população, a vacinação contra a gripe segue abaixo do esperado em Campo Grande. Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) 31 mil doses ainda estão paradas nas unidades básicas de saúde da cidade. No início do ano, a Capital registrou surto da doença e contabilizou 37 mortes.
Com clima propício às transmissões de doenças respiratórias, a preocupação do setor de saúde é que a circulação da Influenza aumente e isso reflita na quantidade de internações e óbitos.
“As pessoas banalizam a Influenza, mas todos os anos temos óbitos pela doença em diferentes faixas etárias. A vacina é segura e diminui consideravelmente as internações e casos graves. A população precisa ter noção da gravidade da não vacinação”, avalia a médica infectologista Mariana Croda.
Segundo ela, além de pessoas desprotegidas, em especial as que fazem parte dos grupos de risco, a baixa vacinação mantém a circulação do vírus. “Tivemos um surto epidêmico no primeiro semestre e agora um aumento está voltando. Temos o privilégio de o Brasil ofertar essa vacina, por isso, é importante se proteger”, finaliza.
A vacina contra Influenza protege contra os vírus H1N1, H2N3 e Influenza B, cepas que estão circulando no momento. O imunizante está disponível para toda a população a partir dos seis meses, em qualquer unidade básica de saúde da cidade.
A campanha nacional de vacinação contra a gripe terminou no dia 24 de julho. Depois disso, a aplicação, que estava restrita a grupos prioritários como idosos, crianças e portadores de doenças crônicas, foi aberta a todos os moradores.