Campo Grande terá sete unidades de saúde, ainda a serem definidas, que funcionarão como sentinelas para a coleta dos testes para a varíola dos macacos. Atualmente, Mato Grosso do Sul possui cinco casos positivos para a doença, que é monitorada em todo o Brasil e considerada emergência internacional de saúde, conforme determinou a OMS (Organização Mundial da Saúde).

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Veruska Lahdo, o paciente com sintomas da doença pode procurar qualquer hospital ou unidade de saúde. Os profissionais de saúde são orientados a notificar imediatamente a Sesau em casos suspeitos.

Na Capital, são feitos cinco exames quando o paciente dá entrada em alguma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou hospital com suspeita para a Monkeypox.

Algumas dessas amostras são levadas para o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), em Campo Grande, e levam, em média, cinco dias para ficarem prontos os resultados, enquanto outras são enviadas para um laboratório no Rio de Janeiro, e o diagnóstico leva 10 dias.

A varíola dos macacos, também conhecida como Monkeypox, já matou uma pessoa e contaminou quase 1,4 mil no Brasil até a última segunda-feira (1º), de acordo com dados do Ministério da Saúde. Mato Grosso do Sul, até o momento, possui cinco casos positivos para a doença.

Sesau orienta profissionais em casos suspeitos

Em casos de suspeita da doença, os profissionais de saúde em Campo Grande entram em contato com a Sesau e são orientados pelo Cieves (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) sobre como essa coleta deve ser feita. 

Segundo Veruska, já foi realizada com os profissionais de saúde uma capacitação em quatro eixos que atendem pessoas com suspeita da doença ou lidam com as amostras: fluxo de vigilância, fluxo laboratorial, fluxo assistencial e de fluxo de monitoramento.

Também será feita uma capacitação específica com os enfermeiros que atuarão nas unidades sentinelas.

Sintomas da varíola dos macacos

Os familiares de casos positivos são monitorados pela Sesau e, em caso de febre, eles entram como casos suspeitos. 

De acordo com o Ministério da Saúde, há diferentes sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados, como bolhas na pele, dor de cabeça, febre acima de 38,5°C, dores musculares e nas costas, fraqueza profunda, entre outros.

Diferente da Covid-19, explica Veruska, a contaminação exige contato mais direito, como contato físico pele a pele.