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Cotidiano

Após flagra de trabalho escravo em MS, fazendeiros e MPT fazem acordo para pagamento de vítimas

Na fazenda, foram encontrados 43 vítimas de trabalho escravo recrutados em diferentes regiões do Brasil
Gabriel Neves -
trabalho escravo MPT
Vítimas só conseguiam retornar para suas casas se arcassem com custos

O MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) firmou acordo com representantes de uma propriedade localizada em . No local, foram flagrados 43 trabalhadores recrutados em diferentes regiões do Brasil para atuar no plantio de cana-de-açúcar flagrados em condições análogas à de escravo.

O acordo obriga que os proprietários da fazenda realizem a remuneração pelos dias trabalhados, 13º e proporcionais, além de providenciar o retorno de cada um deles aos locais de origem. Entre as vítimas, nove eram mulheres e o restante homens.

As vítimas foram resgatadas no dia 28 de junho, durante operação realizada por força-tarefa composta por diversos órgãos. Os trabalhadores faziam o plantio manual de cana-de-açúcar na propriedade, um deles há quase quatro meses, em condições degradantes de trabalho.

Em depoimento, um dos canavieiros contou ter recebido a proposta de trabalho no município de Delta (MG), por meio de um intermediador de mão de obra. Na ocasião, foi feita a promessa de receber R$ 1 real pelo metro quadrado de cana plantado, mais estadia, almoço e jantar. Ele, então, foi levado até Naviraí em um transporte custeado pelo contratante.

Ao chegaram no local, a conversa mudou: a remuneração foi reduzida a parcos R$ 0,70 por metro plantado, a serem pagos a cada 15 dias. Porém, ainda em depoimento, o trabalhador afirmou que outros canavieiros que já estavam há mais tempo no local, vindos do Maranhão, não haviam recebido nada.

Na casa onde o grupo foi instalado não havia geladeira ou filtro de água potável, e foram disponibilizados apenas colchonetes finos. Os canavieiros também não receberam qualquer equipamento obrigatório de segurança para atuar no plantio, e utilizavam luvas e facões levados por eles mesmos.

Um dos trabalhadores relatou ter manifestado o desejo de retornar para casa ao se deparar com o trabalho exaustivo, baixa remuneração e más condições de estadia, mas ouviu do contratante que tivesse “paciência”, pois a situação iria melhorar. Outros colegas, segundo ele, já haviam voltado para a cidade de origem, mas somente porque conseguiram obter recursos com familiares para bancar a viagem.

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