Após flagra de negociações, residencial entregue por Bolsonaro passa por ‘pente-fino’ em Campo Grande
A prefeitura de Campo Grande recebeu pelo menos 10 denúncias de beneficiários tentando vender apartamentos populares
Lucas Mamédio, Karina Campos –
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Sob forte fiscalização da Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), moradores começaram a se mudar nesta segunda-feira (4) para os apartamentos do residencial no Jardim Canguru, entregues pelo presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira (30), em Campo Grande. Logo após a cerimônia de entrega, a prefeitura de Campo Grande recebeu pelo menos 10 denúncias de beneficiários tentando vender os apartamentos, inclusive com anúncios nas redes sociais.
Até por isso, mas não só, hoje os funcionários da agência estão no condomínio trabalhando junto da síndica para conferir os beneficiários que estão se mudando. Segundo a assessoria Amhasf, esse é um momento de grande especulação.
Todos os beneficiados serão acompanhados e checados via contrato. Caso haja irregularidades, as pessoas serão identificadas e a Amhasf enviará ofício à Caixa para que o agente financeiro responsável pelo empreendimento tome as medidas jurídicas cabíveis, já que o residencial é da Caixa.
A reportagem do Midiamax esteve em frente ao condomínio nesta segunda, mas não foi autorizada a entrada no condomínio pela síndica. Nenhum morador também quis conceder entrevista. Porém, a movimentação de chegada dos moradores era constante e muitos com pequenos caminhões de mudança. Eles passam por uma breve triagem na entrada, que continua dentro do condomínio.
Denúncias de negociações
Conforme o diretor da Amhasf, todas as denúncias são de anúncios postados no Facebook. Reportagem do Jornal Midiamax revelou que moradores começaram a negociar a venda das unidades habitacionais poucas horas após o presidente entregar o residencial. Parte deles, inclusive, escancararam a proposta: ‘4,5 mil pode vir buscar a chave’.
Assim, Cláudio explica que a responsabilidade é da Caixa Econômica Federal e da União, mas que o município de Campo Grande vai intermediar essa fiscalização. “Vamos encaminhar as denúncias e reforçar através de ofícios junto à Caixa para que apure, entre com reintegração e retomada”, reforçou.
Ainda conforme o diretor, o município vai acompanhar para identificar os beneficiários que praticarem a venda. “Vamos acompanhar a mudança dessas famílias. Quem não estiver dentro do imóvel no prazo, vamos oficializar para que a unidade seja retomada e encaminhe para outra família”, pontuou.
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