Instalação de cercas que barram capivaras no Lago do Amor pode ser investigada

Especialista em direito animal pede estudo de impacto ambiental na área

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Capivaras são barradas no lago do amor
Capivara tenta entrar no Lago do Amor. (Foto: Fala Povo)

A instalação de cerca ao redor do Lago do Amor, em Campo Grande, pode virar alvo de investigação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Nesta segunda-feira (31), advogado especialista em direito animal protocolou procedimento pedindo que o órgão abra inquérito para apurar a situação.

A polêmica no lago, cartão-postal da cidade, começou na semana passada após visitantes flagrarem uma capivara tentando entrar na área e sendo “barrada” pela grade instalada recentemente. Segundo testemunhas, a situação tem sido frequente na área. 

Na notícia de fato entregue ao MP, o advogado Pablo Neves Chaves pontua que, pela Lei, a dignidade dos animais é princípio legal da mesma maneira como acontece com os seres humanos. “A Constituição protege o ambiente como bem ecologicamente equilibrado e determina que é tarefa do Poder Público e dever da coletividade proteger a fauna, impedindo as práticas cruéis contra a vida de animais”, pontuou 

Assim, solicitou a abertura de inquérito civil público para “averiguar a lesividade ao meio ambiente” e pediu que órgãos competentes realizem estudo de impacto ambiental na área com a instalação do cercado.

Cercas confundem capivaras

O biólogo José Milton Longo afirma que os bandos de capivara têm um aprendizado de rotas por onde passam para comer e as grades confundem os animais. “Poderia fazer uma passagem de fauna, essa é minha sugestão, que deixasse um espaço para os animais passar, visto que ali é um habitat deles”.

De acordo com a UFMS (Universidade Federal de Mato grosso do Sul), que administra o lago, as grades têm 250 metros e foram instaladas “com o objetivo de evitar o descarte de lixo no Lago do Amor e ampliar a proteção da biodiversidade, da fauna, da flora e das pessoas”. Segundo a Universidade, “haverá trechos abertos para a circulação dos animais”.

O Jornal Midiamax acionou novamente a UFMS nesta segunda-feira (31) a respeito do impacto das cercas no local, se houve estudo para a instalação e se as barreiras continuarão no espaço, mas não houve nova resposta até a publicação deste texto.

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