Voluntários para testes da Coronavac em Campo Grande não conseguem se imunizar com 3ª dose

Sesau diz que voluntários precisam aguardar contato do Butantan

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CoronaVac tem autorização apenas para uso emergencial
CoronaVac tem autorização apenas para uso emergencial

Voluntários que participaram dos testes da Coronavac, em Campo Grande, não estão conseguindo se imunizar com a terceira dose da vacina contra o coronavírus no grupo de profissionais de saúde. Isto porque não consta no sistema da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) que esse grupo foi vacinado. 

Durante os testes feitos pelo Instituto Butantan no município, um grupo recebeu as duas doses da Coronavac e outro tomou placebo, no Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian). Com a autorização para a terceira dose após a finalização dos testes, os voluntários precisaram esperar a quebra do sigilo da pesquisa e a autorização do Butantan para procurarem os pontos de vacinação. 

Porém, chegando lá, alguns encontraram problemas, como uma profissional de saúde, de 25 anos, que foi até o Drive-thru do Albano Franco e não conseguiu se imunizar. “Mostrei a declaração da vacina, mas como não está cadastrada no sistema da prefeitura, eles disseram que não poderiam aplicar a terceira dose e eu deveria procurar os representantes da pesquisa para saber onde poderia tomar”, contou ao Jornal Midiamax.

Ela relatou que entrou em contato com os responsáveis pela pesquisa e foi informada que estavam esperando a Sesau liberar as doses. “E aí a gente fica sem vacina”, lamentou. A jovem contou que uma amiga, também voluntária, tentou se vacinar, mas não conseguiu pelo mesmo motivo.

Datas restritas 

A vacinação da dose reforço para os voluntários já aconteceu duas vezes: uma no dia 28 de setembro (no Guanandizão) e a outra no último dia 2 (no Albano Franco). Como muitos dos voluntários são profissionais de saúde que atuam em Campo Grande, eles também enfrentam problema com as datas que a vacina fica disponível, pois precisam cumprir o plantão. 

Outra voluntária, de 30 anos, não pôde comparecer aos locais de imunização nas datas informadas, pois estava trabalhando. “Nós servimos para a pesquisa, servimos trabalhando na linha de frente e agora essa burocracia toda para tomar a 3ª dose. Fora que continuamos expostos, afinal de contas o vírus não foi erradicado”, reclamou à reportagem. 

Questionada, a Sesau informou que o instituto está em contato com o setor de imunização e está sendo organizada uma data para atender o grupo. A orientação é que aguardem o contato.

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