Após o fim das medidas restritivas que duraram 10 dias em Mato Grosso do Sul, a taxa de ocupação de leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para covid volta a subir e chegou a 106% na manhã desta terça-feira (06), conforme o painel Mais Saúde, da SES (Secretaria Estadual de Saúde).

Isso significa que a rede hospitalar do Estado está operando além da capacidade de atendimento. São 609 pacientes internados com covid para 575 , ou seja, 34 a mais que os hospitais suportam. 

A situação é tão crítica que até mesmo UTIs para demais casos estão em nível de alerta. Dessa forma, 841 das 953 vagas para casos graves estão ocupadas, o que representa um total de 88% de ocupação.

Mato Grosso do Sul está desde o dia 17 de março com ocupação acima dos 100% e com fila de espera para internação em leitos SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e covid. Na segunda-feira (05), a SES informou que havia 135 pacientes aguardando liberar uma vaga em todo o Estado.

Raio-x por região

Porém, devido a questões de logística e demanda, algumas cidades apresentam quadros piores como é o caso de Campo Grande. A capital sul-mato-grossense registra superlotação de 107,5% nos leitos críticos para pacientes com covid. Isso significa que a rede hospitalar do município tem 25 pacientes além da capacidade de 332 vagas.

Em Aquidauana, o sistema de saúde também enfrenta colapso. Nesta terça-feira, o painel Mais Saúde indica que a taxa de ocupação de leitos UTI covid no município estão em 112%. Em Sidrolândia, o índice bateu a marca de 200%, ou seja, está com o dobro de pacientes que os hospitais suportam.

Na segunda maior rede de leitos UTI covid de MS, em Dourados, a taxa de ocupação está em 93%. Isso significa que restam apenas 5 vagas para pacientes graves com a doença.

Três Lagoas, que chegou a registrar 100% de ocupação por dias teve um alívio. O sistema mostra que o município do Bolsão tem taxa de 90% de ocupação de leitos UTI covid. Já Corumbá permanece sem vagas para pacientes graves.