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Cotidiano

Um ano depois, motoentregadores voltam ao holofote dos ‘essenciais’ na pandemia em Campo Grande

Depois de um ano de pandemia e campanhas de valorização do motoentregador, a profissão está de volta aos holofotes da população. Em uma semana de Campo Grande em regime de “fecha tudo”, a demanda por entregas voltou a crescer e estreitar o caminho do produto até o cliente. Na hora de entrega, os casos de […]
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Depois de um ano de pandemia e campanhas de valorização do motoentregador, a profissão está de volta aos holofotes da população. Em uma semana de em regime de “fecha tudo”, a demanda por entregas voltou a crescer e estreitar o caminho do produto até o cliente. Na hora de entrega, os casos de desrespeito com trabalhador são raros, e a nova realidade do serviço também conta com um novo tipo de empregado sem carteira assinada.

Há mais de 8 anos na área, Áurio da Silva, de 31 anos, é contratado por uma empresa que oferece o serviço de motoentrega para distribuidoras de peças e acessórios para veículos. Com expediente em horário comercial, o trabalhador voltava de mais uma corrida na avenida Calógeras e notou uma mudança significativa no movimento do setor. “Está tudo fechado, diminuiu 40%”, disse ele.

Entre pessoas boas e uma minoria ignorante, o trabalhador reforça que os casos de falta de educação são isolados, e dificilmente acontecem. “Está bom, acontece às vezes de pegar alguém mal educado, mas é raro”, finalizou.

Um ano depois, motoentregadores voltam ao holofote dos 'essenciais' na pandemia em Campo Grande
Áurio da Silva (Foto: Leonardo de / Jornal Midiamax)

Enquanto saía de uma entrega na avenida das Bandeiras, Matheus Martins, de 20 anos, é um dos que trabalham em dois turnos para poder pagar as contas de casa e alcançar o sonho do nível superior. “Sou acadêmico de Tecnologia da Informação, trabalho durante o dia para autopeças e à noite delivery”, explicou ele.

Com o fechamento do comércio nesta semana, ele explica que o movimento durante o dia caiu em até 40%, mas é compensado pelo movimento noturno. “O pedido de lanches durante a noite aumentou em 30%”, disse Matheus. Sobre a boa relação com quem recebe o produto, o comportamento não mudou desde o começo da pandemia. “O tratamento foi o mesmo desde o começo: bom”, finalizou.

Quase CLT e entregas de bicicleta

Ao lado da Praça do Rádio Clube, Leonardo Amorim, de 19 anos, foi um dos afetados pela . Depois de ser dispensado do cargo de auxiliar de produção em uma , ele encontrou nas entregas um meio de manter as contas em dia,. Para ele, a realidade não mudou muito com o fecha tudo. “Estou há 4 meses entregando de bike. [O movimento] está normal, não aumentou nem diminui, entrega é um dia pelo outro”, explicou.

Um ano depois, motoentregadores voltam ao holofote dos 'essenciais' na pandemia em Campo Grande
Leonardo Amorim (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

E no meio de um caos financeiro e filas de desemprego, o entregador Leandro Morais, de 32 anos, vive em um novo regime de “CLT” com o aplicativo de entregas, mas sem os direitos legais e salário fixo. “Você entra como OL (Operador Logístico), é o mesmo cadastro, precisa cumprir 6h por dia e tem direito a uma folga por semana”, detalhou ele.

O benefício de maior relevância para quem faz parte do OL é receber mais corridas, e um cadastro aprovado de forma mais rápida. “Esse APP demora quase um ano para aprovar novos cadastros, por ser OL, o meu foi aprovado em um mês. Ganho mais corridas, mas tenho que cumprir essa carga horário todo dia, com chuva ou sol”, finalizou Leandro.

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