Temporal deixou estragos por toda Campo Grande e prefeitura apresenta plano de ação

Primeiro escalão vai doar R$ 100 mil para ajudar famílias afetadas

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Autoridades durante reunião nesta segunda-feira
Autoridades durante reunião nesta segunda-feira

Durante reunião na manhã desta segunda-feira (18), no Paço Municipal de Campo Grande, a Prefeitura informou que o temporal que assolou a Capital na última sexta-feira (15) deixou rastro de destruição em toda a cidade. Segundo Antônio Cézar Lacerda, secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, todas as macrorregiões foram atingidas e, apesar dos esforços da administração, o município espera ajuda para contornar a situação.

No geral, os ventos atingiram mais de 100 quilômetros por hora e derrubaram aproximadamente 300 árvores das cerca de 240 mil existentes. Em alguns casos, a força do temporal chegou a partir postes ao meio. Na região do Tiradentes, uma família teve a casa destelhada. No Jardim Noroeste, 32 casas foram destelhadas, sendo oito delas só na comunidade de Aguadinha. Lá, foram entregues cestas básicas, colchões e cobertores para 24 famílias.

No Vida Nova, um barraco de lona foi alagado e duas famílias tiveram as casas destelhadas na aldeia Água Bonita. No Guanandi, três casas foram destelhadas, assim como no Portal da Lagoa e no Bosque da Saúde — nestes bairros seis famílias tiveram suas casas destelhadas. No Dom Antônio, cinco famílias foram atingidas de forma mais comprometedora.

Chamados

Marcos Haroitto, ouvidor-geral da Prefeitura, disse que foram 1.239 ligações atendidas, bem como 678 registros efetivados pela plataforma Fala Campo Grande durante o temporal. Além disso, 54 semáforos foram afetados. Rudi Fiorese, secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, disse que os estragos foram grandes. “Dificilmente, alguma via não tenha um galho, mesmo que pequeno, quebrado”, afirmou.

Nesse sentido, assim como já havia dito o prefeito Marquinhos Trad, ele pediu que empresários colaborem emprestando motosserras, pás carregadeiras e outros equipamentos necessários para corte e remoção das árvores. José Mário, titular da Secretaria Municipal de Assistência Social, lembrou que 42 famílias foram atendidas.

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Prefeito Marquinhos Trad fala sobre medidas da Prefeitura para sanar estragos deixados por temporal. Foto: Marcos Ermínio

Por conta de vários destelhamentos, foi colocado o ginásio de uma escola como abrigo temporário. Ele também pediu ajuda para o setor alimentício, pois vários moradores perderam seus alimentos, principalmente em razão da falta de energia nos bairros.

Janine Bruno, da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), lembrou que Campo Grande tem 570 cruzamentos semafóricos, dos quais 212 foram atingidos — deste total, 60% por queda de energia. O restante foi afetado por controladores queimados, dispositivos danificados pelo vento, placas arrancadas, entre outros motivos. Nesse sentido, faltam ainda 10 pontos para serem recuperados.

Bairros sem Luz

Paulo Roberto Santos, diretor técnico da Energisa, disse que em 40 anos de profissão nunca viu nada parecido com relação aos estragos deixados pelo temporal. Informou ainda que 80% dos clientes já tiveram a energia restabelecida e que hoje estão chegando eletricistas de todo o país, em avião fretado, para ajudar nos trabalhos de recuperação.

Ele pediu paciência aos moradores e ressaltou que as pessoas não interfiram na rede, na tentativa de fazer ligação por conta própria. Conforme já noticiado pelo Midiamax, em algumas regiões, as residências já estão há mais de 60 horas sem luz, resultando em prejuízos morais e materiais, principalmente com a perda de alimentos.

Doação

O prefeito Marquinhos Trad disse que, juntamente com o vice, com os secretários e adjuntos, vão doar R$ 100 mil para comprar objetos a quem mais precisa. O chefe do Executivo Municipal também aproveitou a oportunidade para pedir doações de roupas e comida, bem como solicitou a comerciantes que vendam, na medida do possível, suas mercadorias por um preço mais baixo, para ajudar as famílias mais atingidas. Ao todo, 700 famílias tiveram prejuízos de forma direta e indireta.

Ele reforçou ainda que a Prefeitura vai doar telhas para refazer os telhados danificados. A Amhasf (Agência Municipal de Habitação) fez um levantamento e constatou a necessidade de 2,7 mil telhas e R$ 300 mil para começar as obras de reconstrução. Os R$ 100 mil que serão doados pelo primeiro escalação podem ser destinados para esta finalizada.

Durante a reunião, a Cooperativa Sicredi se comprometeu em doar R$ 50 mil. Foi solicitado aos servidores que doem roupas que não usam mais. A Prefeitura ainda disponibilizou o telefone (67) 3314-3900, da Amhasf, para quem tenha interesse em ajudar com a doação de telhas.

 

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