Senado quer pautar projeto que eleva de R$ 3,8 mil para R$ 7,3 mil salários da enfermagem em MS
Com 27 mil profissionais em MS, categoria defende aumento para evitar jornada dupla
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O Projeto de Lei 2564/2020, que prevê um piso salarial de até R$ R$ 7.315 deve afetar diretamente cerca de 25 mil trabalhadores da área da saúde em todo o Mato Grosso do Sul, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e elevar o salário da categoria, que hoje possui uma média de R$ 1,6 mil a R$ 3,6 mil no Estado.
O Siems (Sindicato de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) defende o projeto e o considera como essencial para uma melhora nos serviços prestados pelos profissionais, que poderão se dedicar a apenas uma jornada de trabalho.
“Hoje, grande parte da categoria é mulher, que em muitos casos precisa realizar uma jornada dupla de trabalho e ainda realizar as tarefas domesticas, essa rotina gera um adoecimento muito grande na categoria”, explicou o presidente do Siems, Lázaro Santana.
Santana conta que, pela inexistência de um piso, os salários variam muito em cada região e instituição, mas quantifica que um enfermeiro recebe em média R$ 3.600,00 no Estado, técnicos e auxiliares de enfermagem recebem uma média de R$ 1.600,00.
O projeto prevê um piso salarial de R$ 7.315 para enfermeiros, de R$ 5,1 mil para técnicos e de R$ 3,6 mil para auxiliares e parteiras. Os valores são baseados numa jornada de 30 horas semanais e são válidos para União, estados, municípios, Distrito Federal e instituições de saúde privadas.
Carreata
Para dar maior visibilidade ao Projeto de Lei 2564/2020 a categoria está organizando uma carreata nacional no próximo dia 13, que deve acontecer em diversas cidades do Brasil. Em Campo Grande, a categoria se organiza para que o movimento tenha inicio às 14:00 em frente ao Circulo Militar, na Avenida Afonso Pena.
“O sindicato apoia a carreata, que vai servir como um chamamento aos profissionais da área e também sensibilizará a sociedade em relação a profissão”, comentou o presidente do Siems.
Entidades contrárias
Diversas entidades da área médica enviaram um ao Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, um ofício solicitando que o Presidente do Congresso não coloque em votação o Projeto de Lei 2564/2020.
O documento enviado pelas entidades que a aprovação do projeto de lei significaria um impacto financeiro de R$ 54,5 bilhões para o setor de saúde, sendo R$ 18,5 bilhões para o setor público e R$ 36 bilhões para o setor privado.
A medida teve a adesão da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), Aahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde), FBH (Federação Brasileira de Hospitais), Abramg (Associação Brasileira de Planos de Saúde), Unimed Brasil (Confederação Nacional de Cooperativas Médicas), CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas) e FeneSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar).
Notícias mais lidas agora
- ‘Tenho como provar’: nora vem a público e escreve carta aberta para sogra excluída de casamento em MS
- Adolescente é encontrada em estado de choque após ser agredida com socos e mordidas e pais são presos
- Homem incendeia casa com duas crianças dentro por disputa de terreno em MS: ‘Vou matar vocês’
- Mais água? Inmet renova alerta para chuvas de 100 milímetros em Mato Grosso do Sul
Últimas Notícias
Dois coronéis de Mato Grosso do Sul estão entre indiciados pela PF por tentativa de golpe
Indiciamentos foram feitos nesta quinta-feira (21)
VÍDEO: Homem ateia fogo na casa da própria irmã e a ameaça de morte por dívida de drogas em MS
O homem afirmou aos policiais que tem uma dívida de droga com a irmã
Membro do PCC, ‘espião’ de Marcola é transferido para Presídio Federal no Rio Grande do Norte
Henrique Abrão Gomes estava preso na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira I, em Campo Grande
Boletim da Fiocruz demonstra probabilidade de queda de casos de SRAG em Campo Grande
Nos estados do Norte e Nordeste, estudo aponta o rinovírus como principal causador de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.