Na esperança de conseguir um bom emprego, funcionários começaram a trabalhar em uma nova empresa de segurança em Campo Grande. Alguns deles deixaram empregos anteriores na expectativa por condições melhores, mas encontraram a empresa de portas fechadas nesta terça-feira (31). Eles se reuniram no local para reclamar, já que não receberam nada pelo mês trabalhado — nem mesmo uma satisfação sobre o salário.
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O grupo de funcionários se reuniu em frente à empresa Force Tactical, no bairro Parati, no fim desta manhã. Os trabalhadores alegam que foram ‘enrolados’ por semanas e que não receberam R$ 1 sequer pelo mês trabalhado. A empresa trabalha com transporte de valores e contratou 27 trabalhadores, entre vigilantes e motoristas de carro-forte, no início de julho.
Os trabalhadores relatam que foram contratados no dia 13 de julho. Contudo, o salário não caiu na conta no quinto dia útil de agosto, como havia sido combinado. Eles afirmam que a empresa foi prorrogando o prazo para pagar, até que foi encontrada a portas fechadas nesta terça (31).
Os funcionários afirmam que acionaram o sindicato da categoria, que chegou a conversar com a dona da empresa. Eles relatam que o prazo final para o pagamento era nesta terça (31) e que não receberam vale-transporte nem ticket alimentação.
Rosa Cristina da Silva, de 39 anos, conta que trabalhava como vigilante em um hospital. Ela deixou o emprego antigo na esperança por condições melhores na empresa nova. “Quando soube da vaga, pedi as contas. Tinha esperança de ganhar mais, ter um trabalho melhor. Agora, não sei o que fazer, as contas estão atrasadas”.
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Glaidon Moreira, de 45 anos, também largou o emprego antigo de olho em uma oportunidade supostamente melhor. “Pedi as contas porque era uma empresa nova, tinha mais chance de crescer. Tenho casa financiada com as parcelas atrasadas e contas para pagar. Eu tinha esperança, agora não sei o que fazer”, lamenta.
Antônio Albuquerque, de 52 anos, estava desempregado e depositou suas esperanças no novo emprego. Além do mês trabalhado, ele ainda pedalava cerca de uma hora todos os dias para chegar ao emprego.
Após a publicação da reportagem, a empresa entrou em contato com o Jornal Midiamax e informou que os débitos com os funcionários serão quitados no prazo de 10 dias. “Ninguém vai sair no prejuízo”, informou o proprietário Luiz Henrique. A empresa também informou que entre os funcionários, há quem trabalhou 5 e 15 dias, e que nem todos trabalharam um mês.
*Matéria atualizada às 15h45 para acréscimo de posicionamento