Depois de esperar 13 anos para ser concluído, o Terminal Intermodal de cargas de Campo Grande segue sem previsão para entrar em funcionamento e o município já estuda alternativas para o local.

A obra foi concluída no início de dezembro e entregue para o consórcio Park X, que foi selecionado para administrar o local. Entretanto, o Porto Seco ainda não iniciou as atividades, que tinham estimativa de movimentar até 2,2 milhões de toneladas anuais de mercadorias.

Segundo a Sidagro (Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio), a empresa solicitou alterações no contrato de concessão, alegando que muitas das condições estabelecidas no edital de concorrência nº 126/2012 acabaram não se concretizando. Então, pediu o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.

Ainda conforme a pasta, o requerimento feito pela empresa segue em análise pela DFEEF (Diretoria de Fiscalização e Estudos Econômico-Financeiros).  Enquanto não há definição para o imbróglio, o Terminal Intermodal segue sem iniciar as atividades. 

Então, para não fazer do local um novo ‘elefante branco', a Sidagro em conjunto com outras secretarias do município estuda alternativas de utilização do espaço, que consumiu R$ 30 milhões. Uma delas é a retomada da , que está sem empresa responsável. O contrato é de responsabilidade do governo federal, que deve licitar uma nova empresa.

Terminal Intermodal

Trata-se de uma estrutura de logística planejada para uma área de 65 hectares localizada às margens do macroanel, trecho que liga as saídas para São Paulo, Sidrolândia e Corumbá. 

A obra levou 13 anos para ficar pronta, sendo que ficou 7 anos parada e só foi destravada em 2018 pela atual gestão.

A conclusão do Porto Seco é dada como ponto importante para a retomada econômica do município no período pós-covid.

Um dos atrativos do terminal é a possibilidade de credenciar como Porto Seco na e permitir que sejam feitas importações e exportações no local.

A possibilidade de investir novamente na ferrovia se dá com o avanço da implementação da Rota Biocêanica, que passa por Campo Grande. Dessa forma, seria um segundo modal de transporte a ser utilizado no local, além do rodoviário.

O terminal foi entregue em 2012, por 30 anos, em regime de concessão onerosa, para a administração do consórcio empresarial Park X, que venceu o processo de licitação. A partir do terceiro ano de funcionamento do terminal, o consórcio pagará à Prefeitura o valor de R$ 80 mil, com correção anual.