Ponte interditada divide bairros e complica o trânsito na região sudoeste de Campo Grande
Moradores relatam que transtorno ocorre há meses no local
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Interditada há meses, a ponte localizada no cruzamento da avenida Nasri Siufi e a rua Panambi Vera tem causado prejuízo para os comerciantes locais e até acidentes de trânsito em Campo Grande. O trecho está parcialmente interditado há meses e acabou dividindo os bairros Tijuca, São Conrado e Santa Emília. Além disso, muitos dos motociclistas não respeitam a sinalização e acidentes são registrados no trecho.
Moradores da região relatam que a ponte foi totalmente interditada no ano passado. Depois, apenas um dos lados foi liberado, ficando parcialmente interditada. O problema é que, para evitar o desvio, motoristas e motociclistas acabam passando pelo trecho mesmo na contramão. Já aqueles que não querem infringir as regras, acabam desistindo de atravessar os bairros para evitar a volta de cerca de dois quilômetros.
A moradora Maria Auxiliadora Santana, de 53 anos, vive próxima à ponte. Já a sua irmã, vive no outro lado, no bairro Tijuca. Ela relata que a ponte dificultou as visitas. “No começo, interditaram por causa da chuva, mas depois não vieram mais fazer as obras”, diz.
Maria afirma que acidentes são constantes porque os motoristas passam nos dois sentidos, mesmo com somente um lado da via aberto para transitar. “Sempre tem acidente, principalmente moto. Ficam passando do Tijuca para o São Conrado em uma mão só”, conta. A via liberada é no sentido São Conrado/Santa Emília, mas quem vem no sentido contrário também passa.
Em cerca de 10 minutos no local, a reportagem conseguiu perceber pelo menos 11 motos que infringiram as regras de trânsito e passaram pelo trecho na contramão. A comerciante Floriza da Rosa, de 57 anos, é dona de um lava-jato e explica que o movimento caiu muito.
“Os clientes dizem que não compensa subir até a outra ponte, fazer a volta para chegar aqui do outro lado. Antes, eles passavam direto [pela ponte], eu tinha até convênio com motoristas de aplicativo, mas agora eles deixam em um outro lava-jato”, lamenta a comerciante.
A cabeleireira Lucimar dos Santos, de 39 anos, tem comércio há quase duas décadas no bairro. Ela também afirma que o movimento foi prejudicado. “Os clientes vinham a pé. Agora têm que vir de carro, mas precisa dar a volta em outra ponte, é quase 2 km. Antes, os moradores compravam nos bairros do outro lado da ponte. Agora, a interdição dividiu”.
Reforma em processo de licitação
Em nota, a Prefeitura de Campo Grande informou que a reforma da ponte está em processo de licitação. A obra vai restabelecer o tráfego em mão dupla sobre a ponte.
A ponte foi interditada no início do ano, após um período de chuva recorde. Parte do aterro de uma das cabeceiras da ponte foi levada e alguns pilares de sustentação ficaram expostos. Com isso, houve necessidade de interdição de metade da pista. Equipes da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) refizeram o aterro, mas a avaliação dos engenheiros da Secretaria é que seria necessário proteger as margens com uma parede de concreto para evitar nova erosão.
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