A Embrapa Oeste, com sede em , a 225 quilômetros de Campo Grande encontrou 32 diferentes tipos de agrotóxicos ou produtos contaminantes durante estudo realizado no , entre 10 de dezembro de 2019 e 11 de dezembro de 2020. O trabalho é da equipe do Laboratório de Análises Ambientais.

Os resultados servem como um diagnóstico do nível de exposição rio aos insumos utilizados nos principais sistemas de produção da região, fornecendo dados técnico-científicos para aprimoramento de políticas públicas e para o processo de avaliação do risco ambiental de agrotóxicos pelas autoridades regulatórias.

Dos 32 compostos detectados no rio Dourados, a classificação com base no seu tipo foi a seguinte: 15 são herbicidas, oito são inseticidas, três são fungicidas e seis são produtos de degradação. As concentrações dos produtos detectados nas amostras de água, que são previstos na legislação (atrazina, alacloro e simazina), não ultrapassaram os valores máximos permitidos (VMP). 

No entanto, para grande parte dos agrotóxicos detectados nesse estudo, os VMP não são estabelecidos e contemplados pela legislação brasileira no que concerne à qualidade das águas superficiais. De acordo com os especialistas da pesquisa, é urgente a necessidade de inclusão dos VMP desses agrotóxicos na legislação brasileira.

Laboratório de Análises Ambientais

O estudo foi realizado pelo Laboratório de Análises Ambientais da Embrapa Agropecuária Oeste, construído com investimentos de R$ 3 milhões. Os recursos partiram da Embrapa, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, do Ministério Público Federal, do Ministério Público do Trabalho e da Prefeitura Municipal de Dourados, por meio do Instituto do de Dourados.