Na segunda edição da Marcha Pela Família Cristã, realizada neste 15 de maio em várias capitais brasileiras, campo-grandenses foram às ruas em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com carros adesivados e bandeiras do Brasil, eles defendem uma importante mudança no sistema eleitoral brasileiro: a adoção do voto impresso e auditado. 

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Concentração foi no Parque dos Poderes. Foto. Henrique Arakaki/Midiamax.

Na Capital, a concentração ocorreu na rotatória do Parque dos Poderes, de onde cerca de 100 veículos saíram em carreata pela Avenida Mato Grosso. O ato termina na Praça do Rádio Clube Campo, no Centro. Pelo trajeto, simpatizantes buzinavam em apoio. Desta vez, o encontro de apoiadores do Governo Federal deixou de lado as críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal). 

O autônomo Luiz Fábio Gonçalvez, de 38 anos, disse ter ido às ruas em apoio ao presidente, como forma de assistir e prestigiar o movimento. Ele diz concordar com a mudança eleitoral para instituição da cédula impressa de votação. 

O movimento atraiu comerciantes. Em uma barraca que vendia camisetas e bandeiras, a autônoma que não quis se identificar contou ser voluntária no movimento. “As pessoas trabalham porque concordam com os ideais”, disse.

‘Valores deturpados’

Um dia após a visita de Bolsonaro a Terenos, onde entregou títulos da reforma agrária e enfrentou protesto do MST (Movimento Sem-Terra), apoiadores do presidente disseram ter ido às ruas mostrar aprovação. Neste sábado, aeroportuário de 48 anos, que também preferiu não se identificar, disse que estava fora da cidade, senão teria ido prestigiar o presidente na sexta-feira (14). Hoje foi então a vez de marchar pelos valores que hoje em dia estão ‘deturpados’. 

Dentre eles, ele cita o envolvimento de jovens com as drogas, que faz com que acabem ‘trilhando outros objetivos que não sejam as bandeiras da pátria e da família’. A ideia, segundo ele, é mostrar para a juventudo que tem ‘outro caminho e não é só bagunça’. Sem filhos, ele conta que convive com sobrinhos e quer mostrar que não existe só a possibilidade de ‘caminhos errados’.

Como exemplo de valores que se perderam, cita, está que na infância ‘não tinha condição de chegar em reunião de família e não pedir benção’, relembra.