Depois da Páscoa com sabor amargo no ano passado, o setor dos doces esperam que a data em 2021 seja recheada de boas vendas em Campo Grande. Mesmo com o confeiteiro artesanal comprando apenas o básico para produzir e divulgar nas redes sociais em busca de encomendas, o setor já sente aumento de até 30% na procura por matéria-prima.
Na região central, a gerente de uma casa de doces afirma estar com receio nas vendas, devido à mudança no perfil do comprador, mas acredita que será uma boa Páscoa. “Muita gente está fazendo pesquisa. Eles compram um de cada tamanho, fabricam e colocam na internet, se tiver pedido voltam para comprar mais material. Mas, achei as confeiteiras bem animadas”, afirmou Ana Maria, de 55 anos.
A proprietária também relaciona o aumento do desemprego como um fator determinante para o aumento na venda de formas, embalagens e barras de chocolate. “Mesmo quem faz está fazendo para mostruário, [o movimento] já está maior. Tem muita gente que nem fazia ovo de chocolate, mas por causa do desemprego está procurando”, disse ela.
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O estabelecimento registrou um aumento de 30% nos produtos relacionados a fabricação de ovos de páscoa, porém, a gerente acredita que somente será possível sentir o nível de procura dentro de 10 dias, quando haverá retorno das publicações de suas clientes.
Na Avenida Eduardo Elias Zahran, um comércio do mesmo segmento sente os reflexos do mesmo fenômeno, ganhando destaque no ramo da decoração. “Ano passado a pandemia começou nessa época, foi muito ruim, esse ano está até incrível. O pessoal tem procurado muito, empresários e lojistas para decorar e o confeiteiro caseiro”, disse a gerente Roselaine Godoi, de 52 anos.
A gerente é uma das administradoras do ramo que também sentiu a mudança de comportamento no setor, principalmente para quem fabrica ovos caseiros. “Aumentou em 30%, vendo bastante chocolate e embalagem para ovo de colher, muitos estão fazendo para testar. As vezes a mãe que fazer pegadinhas da caça aos ovos, e ela leva a decoração”, explicou Roselaine.
Feito em casa
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A enfermeira Stephanie Santana, de 25 anos, é uma das confeiteiras de primeira viagem que está aproveitando pare gerar uma nova fonte de renda. “Primeira vez que faço, é uma nova fonte de renda, uma área que todo todo mundo consome”, explicou.
Seguindo o ritmo do mercado, sua produção tem se baseado na demanda do cliente, divulgando e fabricando somente o que foi encomendando. “Estou comprando conforme a demanda. Tudo está muito caro, comprei o essencial para fazer a propaganda, o pessoal ver e ter a curiosidade de comprar”, detalhou Stephanie.
Os ovos de colher podem ser recheados com Nutella, paçoca, brigadeiro gourmet e brigadeiro de oreo, nas medidas de 250g, 350g e 500g. “baseei meu preço nos gastos e nas propagandas. O ovo da foto é o de 350g no valor médio de R$ 65,00”, finalizou.