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Cotidiano

É irregular ou não? Conheça os benefícios e riscos de utilizar pneu remold em Campo Grande

Com alta nos preços, procura por remolds tem aumentado
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Com a alta dos preços em toda cadeia de consumo, o campo-grandense se vê na rotina diária pela procura do menor valor. No setor automotivo, a busca por alternativas na hora de substituir o pneu tem movimentado o mercado dos remolds, dividindo os consumidores entre a segurança e durabilidade dos nacionais, contra o preço acessível dos pneus refeitos. 

No mercado dos pneus remold há 6 anos, uma vendedora de 44 anos, que preferiu não se identificar, testemunhou um aumento na procura por pneus dessa categoria. Com o aumento dos preços, muitos clientes têm procurado essas e outras opções para fugir dos nacionais. “A maioria vem procurando preço, se você não tiver fica difícil vender. O imposto do nacional é muito alto. Um aro 13 remold sai na média de R$ 150 e o importado novo R$ 290”, disse ela.

No mercado, é possível encontrar três tipos de pneus, os nacionais, fabricados com todas as características que atendem as necessidades do brasileiro, o remold, aqueles que são recauchutados ou recapados, e os importados, aqueles que são novos, porém com qualidade inferior ao produto nacional. 

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Pneu nacional (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

Com uma ampla carteira de clientes, a vendedora atende pessoas de todo o Estado e até de outros países, mas mantém a sinceridade na hora de comercializar o pneu. “Atendo gente de Corumbá, Pedro Gomes, , e até da Bolívia, as pessoas me ligam e avisam que estão vindo trocar. Mas eu mesmo não indico, deixo o cliente ciente que o pneu não é bom. As pessoas que vêm, já chegam cientes”, disse ela.

Para o gerente administrativo do grupo Pala Pneus e Speed Pneus, Rafael Arantes dos Santos, de 39 anos, a diferença de um pneu nacional começa na sua produção. Segundo ele, os componentes químicos que compõem o pneu são projetados para o nosso clima, aumentando a sua durabilidade e qualidade. “Ele é produzido sílica, garante uma frenagem melhor, conforto e dirigibilidade. São coisas que você não tem no remold”, disse ele.

Em relação à segurança, o profissional explica que a escolha é sempre do cliente, mas não recomendaria esse tipo de pneu. “Não cabe a mim julgar, mas eu não colocaria no meu carro. Eu acredito que traz risco, é uma carcaça reutilizada. Não dá balanceamento e com o tempo a banda de rodagem solta e fica só a carcaça. É um pneu que não vai te dar km e segurança igual o nacional”, explicou.

O gerente também ressaltou que as marcas nacionais têm garantia de 5 anos contra defeitos de fábrica. Hoje, um aro 13 de produção nacional custa a partir de R$ 310.

O que a lei diz

Conforme a superintendência da PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Mato Grosso do Sul, a legislação brasileira permite o uso do pneu remold somente na parte traseira dos veículos. O uso é proibido em motocicletas e na parte dianteira de qualquer veículo.

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Banda de rodagem do pneu traseiro da ambulância (Foto: Divulgação / PRF)

Em relação ao grave acidente envolvendo ambulância ocorrido recentemente na rodovia BR-163, a PRF explicou que o acidente foi causado pelo estouro do pneu traseiro. A banda de rodagem desse pneu soltou, fato que só ocorre em pneus reformados. De acordo com a superintendência, os pneus que ficaram inteiros também não tinham condições de uso. Logo, a ambulância não tinha pneus com condições de uso.

Segundo a polícia, o risco não seria o fato de ser remold, mas de estar apresentando alguns sinais de deterioração na banda de rodagem. “Observando o pneu que fazia par na traseira, é possível supor que possivelmente, o que estourou, estava sem condições mínimas de segurança. Antes de soltar a banda de rodagem, como aconteceu, ele dá sinais de estresse do material”, disse em nota.

Além disso,  a PRF explica que pode haver erro na avaliação da empresa que promove o remold, utilizando um pneu usado e que já estava com a estrutura comprometida. O pneu original não passa por esse processo, apresenta um nível de segurança maior, pois não existe a possibilidade de soltar a banda de rodagem, mesmo estando no final da vida útil.

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