Nos bairros, comerciantes deixam portas abertas, mas garantem que não atendem clientes
O decreto municipal do “fecha tudo” proibiu o funcionamento de atividade não essenciais em Campo Grande durante uma semana. Apesar da fiscalização, em vários bairros é possível encontrar comércios que não se enquadram naqueles autorizados a funcionar com portas abertas. Ao serem abordados, os empresários afirmam que não recebem clientes e que só estão nos […]
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O decreto municipal do “fecha tudo” proibiu o funcionamento de atividade não essenciais em Campo Grande durante uma semana. Apesar da fiscalização, em vários bairros é possível encontrar comércios que não se enquadram naqueles autorizados a funcionar com portas abertas. Ao serem abordados, os empresários afirmam que não recebem clientes e que só estão nos pontos comerciais para serviços internos como limpeza.
Na região do bairro Guanandi, o proprietário de uma loja de celulares e acessórios que não estava aberta, ‘somente com a porta meio levantada’, foi um dos impactados pelo último fechamento. “Perdi um ponto comercial no último fechamento, não consegui manter as contas. Sou a favor da reabertura do comércio, o aluguel não espera”, disse Émerson Alexandre de 43 anos.
Sobre estar ou não recebendo clientes, o empresário contou que estava apenas tomando tereré na frente do seu estabelecimento, e que a porta levantada até a metade era apenas para acesso próprio.
Na avenida General Alberto Carlos, via que divide o Santa Emília do São Conrado, o proprietário de uma loja de utilidades também é contra o fechamento. “Se fosse lockdown para fechar tudo, seria a favor, só que as grandes empresas não fecham”, disse Loester catrinck de 38 anos.
Com uma grade de proteção na entrada do comércio, bloqueando a passagem, porém com as luzes do estabelecimento acessas, o proprietário explicou que não estava atendendo e abriu somente para lavar o climatizador e as portas do local.
Para o sapateiro Claudio Souza, de 43 anos, a determinação de não abrir seu negócio o frustra, principalmente porque há festas clandestinas que, apesar das fiscalizações, ocorrem na cidade e contribuem para a disseminação do vírus.
Com parte da porta levantada, o sapateiro explicou que não estava recebendo pessoas, realizando somente trabalhados já encomendados. “Prejuízo será enorme, R$ 1 mil pela semana”, finalizou.
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